Mendigo dorminhoco
Em busca de inspiração para escrever meus textos, sempre busco um local tranquilo para trabalhar. Rodeado de livros, papeis do trabalho, máquinas midiáticas, resolvo procurar a suavidade da natureza para ampliar meus horizontes. A pracinha da cidade é um local ideal, com árvores e aos sons dos pássaros consigo a paz inspiradora que tanto desejo, a não ser por um fato interessante. Um mendigo dormindo e roncando ao meu lado. Tentei de todas as formas possíveis acordá-lo, sem ser indelicado é claro: Sussurrei, cutuquei, chamei e violando o que havia prometido, gritei. Impaciente, comecei a bater forte em um dos bancos, sem resultado. Depois, comecei a abanar forte, inútil. Por fim, já quase desistindo resolvi jogar água em cima dele. Adivinhem: Nada!
Decidi então ir embora, quando o mendigo acorda e diz:
_Moço! Vai embora não, os ventos, os trovões e a chuva já passaram! Eu impressionado comecei a sorrir e ele continuou falando.
_Agente tira um cochilo e cai uma chuva dessas! Não dei importância, no mínimo, minhas tentativas de acordá-lo nortearam seus sonhos. Resolvo voltar para minha tentativa de conseguir paz e, pasmem, no local havia mais um mendigo.