A velha Dona Jorgina
Dona Jorgina era o nome dela, velha senhora de 89 anos que morava perto de nossa casa, não sei se por azar ou sorte, pois sempre nos alimentávamos de suas frutas que estavam no quintal de sua casa.
Meu nome é Pedrinho e essa é a breve história de como eu e meu amigo Paulo deixamos essa “véia” mais loca do que ela já era! Era uma tarde de sexta, voltávamos do jogo de futebol sagrado do fim de tarde, a coroa como sempre estava fazendo o jantar, de frente para a janela da cozinha descascando uma cebola, com aqueles olhos horríveis e aquela cara cheia de rugas, mas parecia um maracujá, imagine chorando enquanto cortava aquelas cebolas.
Aquela velha sempre reclamava, ora era da vida, ora era da casa, o fato é que ou ela reclamava de dia, ou reclamava de noite. Mas bem, quando voltávamos do jogo Paulo e eu fomos a casa da rabugenta, ao chegarmos na porta batemos nela com força e corremos. A velha foi abrir pra ver que era, viu que não era ninguém e voltou a cozinha, nós mais uma vez batemos na porta, mas dessa vez como uma tora de pau bem grande
_ Mas que @#$#@ é essa! Disse a velha gritando!
Ao ver que não era ninguém voltou a cozinha, por último, e como honra, pegamos uma pedra bem grande e arremessamos na porta com gosto, ela saiu, mas dessa vez pelos fundos e nos pegou no flagra. Se vocês acham que ela foi atrás de nossos pais estão muito enganado, ela deu uma “chapuletada” em nós que nunca esquecemos; esmamos vermelhos até hoje. Mas de vez em quando ainda vamos perturbar a Dona Jorgina, ô “véia” esquentada.