A carta de Lucila
Nesses dias que acordamos acabrunhados, pensativos e quietamente recolhidos em pensamentos sobre a maneira que vivemos nesses dias comuns encontrei em minhas anotações uma carta que silenciosamente abriu respostas em minhas inquietações sobre a busca que fazemos atrás do mito da real felicidade. Ah, a felicidade! Palavra mágica que percorre centena de vezes nossos pensamentos sempre fugindo de nossas melhores interpretações. Afinal, queremos ser felizes. Devemos! Mas, podemos? Ávido, mergulhei no texto da carta cujas palavras correram rapidamente ao encontro de sentimentos que me levaram para uma dimensão acima cuja luz irradiava sabedoria, harmonia e leveza. “Queremos ser felizes”, dizia inicialmente sua carta. “Nascemos para sermos felizes”, afirmava ela com segurança. E seguia dizendo, "às vezes, a felicidade nos parece algo distante, inatingível, longínquo e nebuloso. Mas devemos sempre seguir atrás da felicidade que desejamos, que merecemos, que vamos conseguir. Devemos lutar por ela, alcançá-la e agarrá-la com todas as nossas forças, cuidando bem, sempre para que ela não vá embora. Nossos relacionamentos são importantes e fazem parte da felicidade. Quando algo acontece e os relacionamentos balançam, descuidamos da felicidade e nos atrapalhamos ao tentar resolver a situação. E aí a felicidade escapa e vai embora. E nós ficamos tristes, quietos, sem objetivo e procurando saber o que fizemos de errado. Mas ela volta! É que estamos acostumados a sentar e lamuriar, sem agir, sem lutar. Tudo para nós nesta vida é luta constante e a felicidade adquirida deve ser preservada a qualquer custo, independente de tempestades, de furacões, de intempéries. A felicidade é uma coisa nossa, que depende, em parte, de outras pessoas, mas é nossa. É nosso dever trata-la com carinho e perceber que podemos tê-la, mesmo estando sozinhos. É, podemos ser felizes sozinhos pois a felicidade real e genuína vem de dentro de nós e aí é que a distribuímos ao nosso redor. Portanto, não se esqueçam de serem felizes sempre. Nunca abandonem a eterna busca da felicidade e mesmo que pareça difícil, às vezes, impossível, não desistam, pois vocês irão conseguir. Tudo tem a sua hora e o seu momento e vocês vão ver que seu momento mágico vai chegar e tudo terá brilho e cor novamente. Sejam todos muitos felizes”, arrematou Lucila em sua carta.
Posso dizer querida amiga, que depois de ter compreendido sua linda mensagem terei honrado meu compromisso de ser ainda muito mais feliz, transformando em amor, crença e solidariedade colorida a fumaça cinza desses tempos difíceis... .