O LADRÃO PÚBLICO.

Aos poderosos ladrões públicos nada mais resta que investir contra tudo que os ameaça para retirar a disponibilidade de continuar no caminho que vai traçando a ruína do país e suas expectativas. Uma inflação de 7,1 por cento. Alguns já são réus confessos, outros virão pelos fatos e provas a serem produzidas.

Tornar forte a impessoalidade, de todas as formas, meios e modos no setor público que sobrevive de tributos, lançar mão da cidadania nesse sentido com todos os instrumentos, erradicar a detração em todos os seus graus que chegaram ao máximo em vilipêndio, diante do maior escândalo em números do mundo, deve ser a meta concentrada na vontade cidadã. Deve esse desiderato fazer uníssonas nossas vozes, esclarecendo aos amigos, aos menos e aos mais informados, com eles trocando ideias, mostrando nossas convicções lastreadas na lógica. Como diz o jargão policial, “siga o dinheiro”, digo eu, siga a lógica.

A lógica em provas como nesse caso necessárias "segue o dinheiro", como no mensalão.

Vilipendiar é provocar o rebaixamento, diminuir, açoitar irresponsavelmente, com cinismo, palavras, gestos e condutas o direito de todos. É o que assistimos.

Parece que vivemos na época do Rei Sol na França, “L´ Etat ce moi”. Sabe-se como acabou...Eles, os ladrões públicos, jogam em nosso rosto, O Estado sou eu, somos nós, os ladrões públicos, fazemos o que queremos.

Hoje, como em Florença na Itália, no tempo dos Medicis, tudo ao Estado, tudo ao Príncipe, ainda que com prejuízo do povo, mas sempre “sob remuneração”, consciências sob preço ajustado. Como fazia Maquiavel e na história muitos fizeram colocando dinheiro, faculdades e poder ao serviço do que seria um caráter duvidoso e claramente exposto.

Catilina no Senado Romano foi descoberto por Cícero em tempo. O mau caráter em nossos dias não trabalha escondido, sabe que a impunidade é regra, não exceção, que lamentavelmente muitos têm preço, e o império da lei deixou de ser soberano para formar ao lado de vontades e caricaturas distantes das regras, por isso serenamente se processa a “ladroagem pública” que por acaso surgiu no Correio, publicizou-se por desentendimentos de partilha do “butim” e vem se mostrando com gigantismo sem comparações no mundo com o “petrolão”, azedo aumentativo.

Pelos testemunhos colhidos e públicos, diante do Tribunal impecável do Juiz Moro, vistos em vídeos, aflora a confirmação da estratégia montada e institucionalizada para financiamento. Comissões (propinas) convencionadas. Testemunhado por quem esses procedimentos criminosos? Pelos responsáveis pelas grandes interessadas, empreiteiras. Para favorecer a quem? Está registrado nos autos judiciais e dito nos testemunhos.

Celso Panza
Enviado por Celso Panza em 06/02/2015
Reeditado em 06/02/2015
Código do texto: T5128192
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