ESTADISTA E INFERNO ASTRAL.

Inferno astral é aquele ponto onde quem se pensa algo mais que o sobremaneira comum vê a iminência da derrocada bater na sua porta. Pensa ser um algo especial quando fartamente não tem nenhuma especialidade. Na soleira de sua casa o infortúnio da desgraça iminente se apresenta. Qual a possibilidade dessa ocorrência, a perda de prestígio popularesco, para quem ingressa no populismo e dele vive e sobrevive? Ser um pai que passa a ser padrasto (ou madrasta em representação) dando um aumento gigante em preços públicos para não falir ativos em recessão quando se prometeu antes a minimização desses preços, um eldorado nunca visto.

Se despopularizar nessa toada é inexorável, e deixar de ser um “estadista” para alguns que incidem nessa corruptela máxima do vocábulo, por insciência, rasgando o conteúdo conceitual, quando a verdade verdadeira e intransponível resulta negada pela desconstrução da faceta de “pai do povo”, exposta a desconstrução escancarada no esvaziamento do oásis da concessão de créditos subsidiados, alargados, consignados, agigantados em tempo para resgate, colocando o sonho ao alcance da necessidade que ao final se torna inadimplente.

No mundo são esses os condutores de destinos pródigos com prodigalidade sem recursos, salvacionistas que fazem sofrer em filas da saúde nos hospitais, que transferem para mercados a falta de provisão que seus governos produzem pela estagnação de economias e insuficiência na gestão na coisa pública, ou que colocam em fila idosos de noventa anos para provarem estarem vivos, debruçando na janela da insuficiência a visão da ineficiência em fazer, como se outros meios não existissem para evitar fraudes.

Salvacionismo de "estadistas", redenção que aprisiona pelo absurdo que pune mistificando a liberdade da magia em salvar que se torna bruxaria.

Guindado a essa nomenclatura, Estadista, foi Getúlio, a quem também alguns acrescem essa qualificação, porém subsistem destaques realmente “nunca antes vistos” - como gostam de apregoar locuções "salvacionistas" - destaques por ele implementados. Por isso um laivo de incomum cola em sua credencial, adere com admissibilidade.

A Getúlio, embora com grande período em ditadura, não se pode negar uma certa parcela de visão excedente que o leva a alicerçar grandes transformações no Brasil, como o voto das mulheres na constituinte de 1934, baseada na Constituição de Weimar, tedesca, fortemente social, implantação dos direitos trabalhistas, CLT, verdadeira revolução social, e após anos de embates nacionalistas, Monteiro Lobato como baluarte, surgia a Petrobras, criada em 1953 por Vargas, com uma discreta produção diária diária de 2,7 mil barris, hoje arrasada politicamente na miscigenação de representantes brasileiros da corrupção, aliados agentes públicos e privados.

Quem seria um estadista?

Festejou-se meio século recentemente, quando aproximados trezentos mil britânicos passaram três dias, em tríduo de luto, em préstito em frente ao corpo de Wisnton Churchil. Alí estava o corpo de um estadista, o maior de todos.

Para quem desconhece o que seja um estadista, qualificação que se estrutura em vida de moral e virtudes incomuns, públicas e para o público dirigidas, ainda que alguns coroem com esses louros pessoas tisnadas e contrafeitas ao conceito “sui generis”, pessoas gravadas por gravames legais, negativos, enfatize-se o que seja gravar nesse sentido, este foi um dos paradigmáticos estadistas da humanidade, é histórico, nunca uma pessoa mais que comum que assuma cargo eletivo.

Qualquer um pode assumir cargo eletivo, basta ser eleitor. SER ESTADISTA É OUTRO ESTÁGIO HUMANO.

As marcas de um estadista não são censuráveis, nenhuma, é bastante diferente.

Diga-se, na história ocidental recente, Churchil, o maior a esse título, não pode estar vizinho de qualquer estigma distante da lei, de nenhum pecadilho público.

Por quê? Qual a razão de ser um homem um estadista? Nada se lançar contra ele, NADA A NÃO SER ENCÔMIOS, ELOGIOS, OS MAIORES EM UNÂNIMIDADE, NENHUMA RESTRIÇÃO, NENHUMA. MUITO MENOS DE ORDEM LEGAL NEGATIVA, NEM SUSPEITAS.

Por isso disse-o Cameron, Chefe de Governo inglês por ocasião dos comemorativos para Churchil, alinhando esse perfil inigualável em relação ao seu país e ao mundo: "se salvou a si própria ( a Grã-Bretanha), salvou a Europa, e muito provavelmente salvou o mundo”.

Segundo o primeiro-ministro Britânico, a Grã-Bretanha foi "incrivelmente afortunada por, nesse tempo, ter sido chefiada por um homem tão forte e tão decidido".

O caráter indomável de Winston Churchill foi um fator determinante para que o mundo democrático triunfasse sobre o Nazismo em 1945.

Esse o Estadista. Não se configure como estadista os desafortunados da educação. Estadista tem ordem mundial como conceito, unanimidade de vozes insuspeitas, não se compra esse título, estadista, embora em nossos dias muitos descubram que é possível comprar um grande universo de consciências. Esse título chega por aclamação histórica, mais que um Nobel da Paz por vezes angariado sem sucesso. É título que chega por reconhecimento do exercício de universalidades em prol da humanidade.Sem restrições, NENHUMA.

Celso Panza
Enviado por Celso Panza em 05/02/2015
Reeditado em 05/02/2015
Código do texto: T5127052
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