A Petrobras não come capim...
“Comer capim pela raiz”, do provérbio popular, significa estar comendo as últimas partes dessa gramínea. Aplica-se tal expressão ao que esteja em extinção, em extermínio. Da simplicidade, o povo cria imagens extraordinárias... Daí também advêm “bater as botas”; “esticar as canelas”; “vestir o pijama de madeira”, ou seja: morrer. Há quem evite pensar, falar, escrever ou ler sobre a morte. Desculpe-me o leitor, se padece dessa tanatofobia. Sou, ao contrário, liberto desse medo patológico, penso sempre sobre o nascimento ou a morte, assunto natural ou extremos inevitáveis da vida...
Mas, por analogia, alguns tanatófobos falam, sem restrição, da morte do que não tem vida: coisas, ideologias, movimentos sociais, partidos; falam até da “morte da Petrobras”, quando ela está apenas com dengue, picada por insetos corruptos. Esses, sim, devem ser combatidos... Alertemo-nos! Há interesses diagnosticando que a nossa empresa nacional esteja acometida de doença gravíssima e em estado terminal, já oferecendo seu inexistente “cadáver” a abutres pretendendo rapinar o petróleo alheio; pairam nossos poços e minas, desde 1953, tempo da criação da Petrobras. Tenhamos memória! Quando meninote, aprendi nos escritos de Monteiro Lobato: “O petróleo é nosso”; no sofrimento e na morte de Getúlio de Vargas ao realizar empreendimentos nacionalistas para que brasileiros cuidassem do seu petróleo; lutou até à morte, mas não recuou frente à massificação política contra a luta nacionalista em prol dos nossos bens energéticos e minerais. O que não morreu foi a ganância alienígena, ajudada pelo entreguismo, sempre querendo o que nos resta de riqueza. Já basta o que perdemos pela corrupção; bastam as extensas terras no Amazonas por onde brasileiros, sem autorização estrangeira, não passam; as cartilhas escolares de outro país, ensinando a crianças e jovens que o Amazonas não é território brasileiro...
Distingam-se: Uma coisa é eliminar ratos na dispensa da sua casa; outra, bem diferente, é entregar sua dispensa, com “Pré-sal” e tudo, a quem interessar possa, alegando diatribes, medo de rato ou já metamorfoseando-se num deles. Veja diariamente essa novela: Aproveitar o escândalo para acabar a família... Onde está o Centro de Estudos e Defesa do Petróleo de Getúlio e nacionalistas que encorajou a criação da nossa empresa petrolífera para ser a Petrobras famosa, forte e querida, até além das nossas fronteiras? Ora, quem se desrespeitou foi a banda podre da corrupção, amputemo-la! Que não nos passem conversa! A Petrobras não está a comer capim, nem tampouco pela raiz...