O AMOR NÃO SE DEFINE...

(crônica escrita por jlc - jan)

Como acho que o amor não se define, tento compreende-lo, assim: Penso que em matéria de amor não existem premissas, muito menos assertivas. Dele nada se pode afirmar como definitivo. Até admito que possam existir psicólogos e psicanalistas que tentam entende-lo, estuda-lo, aqueles pseudo experts versados em sexo, em toda a sua complexidade e mistério, mas que apenas confundem o inconfundível. Não creio que exista alguém que o entenda, que o compreenda ou que sobre ele tenha alguma explicação. O amor é único, nunca se repete igual ou da mesma forma, só a pessoa o sente, logo, para tentar entende-lo, é preciso senti-lo, é preciso vivê-lo ou ao menos vivenciá-lo.

O amor é bondade e maldade, é prazer e dor, é felicidade e infelicidade, é desejo e repulsa, é alegria e tristeza, é força e fraqueza, é platônico e total, é paradoxo, é incoerência, não tem preço, é caro e barato, é algo indefinido, indefinível, indescritível, imensurável, único, e, até, incondicional. Só uma pessoa o sente, ninguém pode senti-lo por outro. Ele é diferente de tudo que se sente durante a vida. Não tem tempo de duração, “é infinito enquanto dure” – assim definiu Vinicius de Morais, o poetinha – é rápido e eterno, indecifrável, concreto e abstrato, absoluto, é droga que cura e mata, é vício, é morte. Ele é o desejo que todos no planeta têm de sentir, ao menos, uma vez. Poucas pessoas o conhecem ou o conheceram verdadeiramente. Quando isso acontece, aqueles humanos que por ele são tocados, em deuses são transformados pois é assim que só os privilegiados, se sentem...

jlc
Enviado por jlc em 04/02/2015
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