Dilema do Equilíbrio

Lamuriava pela falta de emprego, mas uma vez empregado, queixava do excesso de trabalho.

Lastimava a solidão, embora quando casado, ansiava por estar só.

Reclamava da ausência de provas para fundamentar sua fé, porém quando recebia evidências, descartava sem qualquer avaliação.

Apontava o destino como responsável pelo azar, ainda que diante da sorte não desse crédito a destinação.

Relembrava constantemente as perdas, mas enquanto tinha, apenas valorizava o que poderia ganhar.

O caminho do meio não está em reconhecer o que nos falta em cada momento, mas aprender como crescer em cada um deles.

O equilibrista primeiro projeta sua alma do outro lado da corda para que depois a mesma retorne para buscar seu corpo.

Fernando Paz
Enviado por Fernando Paz em 02/02/2015
Código do texto: T5122780
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