FANATISMO.PARA QUEM ESCREVEMOS?
Não escrevemos para fanáticos. Evidentemente escrevemos para todos, todos escrevem para todos lerem,todos que querem ler o que escrevemos, mas todos que sejam centrados e fiquem ao menos na percepção comum, e não leiam o que escrevemos com parcialidade de algum fomento de que seja acreditado.
Para viver, entender e analisar a vida e seu entorno é preciso serenidade, ponderar fatos, fenômenos sociais, ocorrências. Colocar de lado convicções sem utilitarismo prático por enfrentarem a lógica. Ninguém que tem mínimo discernimento e conhece a lógica dos fatos da vida pode compreender fanáticos, simplesmente digere-se, com as devidas restrições, e eles são fanáticos por nada poderem compreender de uma vida singela em seus cursos naturais.
Fanáticos marcaram a história como seres hediondos em viver, pois viver dá trabalho, necessita mínima formação e tranquilidade, ausência de unilateralidade para absorver o todo, e principalmente não perpetrar o "exercício arbitrário das próprias razões", que consiste em ordenar ou executar medida sem as formalidades legais, incidindo até mesmo em tipo penal.
Os fanáticos carregam a cruz da miopia permanente, visão estreita que não busca o que presta na humanidade, em cada credo, para levar a uma única religião, exclusivo oráculo da boa vontade para onde tudo e todos se dirigem, sem bandeiras ou fronteiras que impeçam esse objetivo.
Fanáticos estão onde se contesta a verdade mais simples, como no holocausto, no escravismo que pretendeu sufocar as liberdades em nome da própria liberdade de viver de classes, seriam os suseranos da revolução francesa, que não sabiam para que lado andar, e quando contidos, embora fanatismo não tenha limites, nem medidas, permanecem na profecia do absurdo. Fazem como no comunismo, para libertar cassam liberdades, ou como no ateísmo que discute no que não crê, estabelecendo discussão sobre o que diz não existir, pura idiotia, negando a única criação exclusiva que pensa, a alma, o homem e sua alma, e por isso difere de toda a natureza ainda que seja bela e pródiga em todos seu seguimentos.
Nega-se o espírito, a alma, o pensamento, tudo um, como se nega a obviedade dos desvios admitidos e confessados que proliferam entre os humanos e se fazem forte na política, recusando seus princípios de existência.
Os fanáticos sofrem de patologia que não os deixa perceber o acometimento. Estão comprometidos pela razão e pelos neurônios deficientes. Sofrem de disfunção da inteligência, estão vinculados a esse primordial elemento humano de forma precária, vinculados ao “phatos” que nos veio etimologicamente dos gregos, esse conceito passional de excedência. Atinge principalmente credos ideológicos e religiosos, os símbolos que cegam a visão linear, uniforme, acorde com a lógica e o que ocorre na história. Sofrem de total e ampla disfunção de apreensão, não veem senão suas mentiras que contestam verdades lógicas, lógica, ciência que é denominador comum de tudo na vida, e que essa menoridade da inteligência desconhece, não por que queira, mas por circunstâncias de limitação da inteligência, do entendimento, circunstâncias alheias à vontade do patológico.
A insuficiência cerebral por fatores vivenciais, nubla ainda mais as limitações, necessidades emocionais e existenciais acirram esse estado doentio. E nascem os absurdos de suas convicções infantis que um menor impúbere, se educado, mais avançado está em entendimento.
Estão sempre enganados. Foge-lhes a razão. Veem líderes em maltas de canalhas. A aceitação dessas mentalidades, se dá e compreende-se pela ocorrência da patologia, pois são idiotas ou imbecis, graus patológicos.
Escrevemos para todos em espaço como esse, distante dos meios acadêmicos ou mais filtrados, mas buscamos uma utilidade e um certo diletantismo. O academicismo tem seus locais próprios, e evidentemente este é local indevido, embora por outros motivos, a pedido, constem de meu acervo neste espaço monografias.
O “pathos” abordado ou interesse a defender “interesses”, que sejam migalhas na distribuição ordeira de riquezas, são vistos com frequência. Direito de expressão, desde que em limites próprios. Busque-se a raiz de alguns fanatismos e lá está o interesse, defendido a qualquer preço, mesmo que seu interesse pudesse estar mais favorecido, mas seu consciente não alcança. Um fanatismo sempre, doentio e soprado pela conveniência interesseira, que não vê o todo, só a parte.