"AI MINHA NOSSA SENHORA APARECIDA"
A natureza por ali caprichou no visual, a mata se estende pelos dois lados da estrada, aqui e ali, árvores em tom lilás e rosado, quebram a monotonia da paisagem verde. Ela segue atenta ao volante, de soslaio expia as imagens que vão ficando para trás.
À sua frente uma descida íngreme, dali ela já pode avistar o condomínio de casas. É para onde se dirigi, tem uma reunião com a arquiteta responsável pelo projeto de sua nova casa.
Um caminhão segue à sua frente, de repente, ela vê espantada, que o motorista do veículo puxa a direção com força para a direita, e invade a mata, atravessando a cerca, o que vem a seguir é uma cena de filme, o gigantesco veículo, capota por três vezes, como em câmera lenta, ela a tudo assiste.
Para o seu carro, desce apressada, e sem pensar em mais nada, corre em direção ao caminhão. Em segundos está diante da cabine, onde um senhor de seus cinquenta e poucos anos, tem dificuldade para sair. Assustada, mas empenhada em ajudar, ela pergunta: "o senhor está bem?"
Ele diz, algo que irá repetir ao menos umas dez vezes: "Ai, minha nossa Senhora da Aparecida, ai minha nossa Senhora da Aparecida....."
Com determinação, escondendo até onde pode a preocupação, ela o ajuda a sair de dentro da cabine, que ficou irreconhecível. Ele está muito assustado, com certeza quebrou o braço esquerdo, tem um corte fundo no punho desse braço, por onde o sangue escorre. Fora isso, só o susto, que fez com que o pobre homem, tivesse dificuldade de se manter em pé, tremia muito, sempre repetindo: "Ai minha Nossa Senhora Aparecida".
Somente minutos depois, ele consegue contar, que o caminhão ficou sem freio, e ao invés de continuar ladeira abaixo, resolveu jogá-lo para a direita, em direção a mata.
Ela o faz sentar ali em meio a relva, depois caminha para a estrada, e gesticula pedindo ajuda aos veículos que passam, dois carros param, e prontamente ajudam a trazer o motorista para a beira da estrada, em seguida ligam para a emergência, e para a empresa onde o senhor trabalha.
Depois de vê-lo amparado, e já um pouco mais refeito, ela se despede e se vai. Nesse momento o senhor olha pra ela e diz: "obrigado, foi Nossa Senhora Aparecida, que colocou a senhora no meu caminho".
Ela chega atrasada em mais de meia hora para a reunião, e em meio aos assuntos, a cena do acidente retorna a sua mente, e a frase se repete em seus ouvidos: "Ai minha nossa Senhora Aparecida".
Ela não tem dúvida de que Nossa Senhora Aparecida, protegeu seu afilhado, pois a cena que assistiu, era para uma tragédia com vítima fatal, não um braço quebrado e um pulso cortado.
(imagem: Lenapena - foi bem pertinho dessa árvore que o caminhão tombou)
À sua frente uma descida íngreme, dali ela já pode avistar o condomínio de casas. É para onde se dirigi, tem uma reunião com a arquiteta responsável pelo projeto de sua nova casa.
Um caminhão segue à sua frente, de repente, ela vê espantada, que o motorista do veículo puxa a direção com força para a direita, e invade a mata, atravessando a cerca, o que vem a seguir é uma cena de filme, o gigantesco veículo, capota por três vezes, como em câmera lenta, ela a tudo assiste.
Para o seu carro, desce apressada, e sem pensar em mais nada, corre em direção ao caminhão. Em segundos está diante da cabine, onde um senhor de seus cinquenta e poucos anos, tem dificuldade para sair. Assustada, mas empenhada em ajudar, ela pergunta: "o senhor está bem?"
Ele diz, algo que irá repetir ao menos umas dez vezes: "Ai, minha nossa Senhora da Aparecida, ai minha nossa Senhora da Aparecida....."
Com determinação, escondendo até onde pode a preocupação, ela o ajuda a sair de dentro da cabine, que ficou irreconhecível. Ele está muito assustado, com certeza quebrou o braço esquerdo, tem um corte fundo no punho desse braço, por onde o sangue escorre. Fora isso, só o susto, que fez com que o pobre homem, tivesse dificuldade de se manter em pé, tremia muito, sempre repetindo: "Ai minha Nossa Senhora Aparecida".
Somente minutos depois, ele consegue contar, que o caminhão ficou sem freio, e ao invés de continuar ladeira abaixo, resolveu jogá-lo para a direita, em direção a mata.
Ela o faz sentar ali em meio a relva, depois caminha para a estrada, e gesticula pedindo ajuda aos veículos que passam, dois carros param, e prontamente ajudam a trazer o motorista para a beira da estrada, em seguida ligam para a emergência, e para a empresa onde o senhor trabalha.
Depois de vê-lo amparado, e já um pouco mais refeito, ela se despede e se vai. Nesse momento o senhor olha pra ela e diz: "obrigado, foi Nossa Senhora Aparecida, que colocou a senhora no meu caminho".
Ela chega atrasada em mais de meia hora para a reunião, e em meio aos assuntos, a cena do acidente retorna a sua mente, e a frase se repete em seus ouvidos: "Ai minha nossa Senhora Aparecida".
Ela não tem dúvida de que Nossa Senhora Aparecida, protegeu seu afilhado, pois a cena que assistiu, era para uma tragédia com vítima fatal, não um braço quebrado e um pulso cortado.
(imagem: Lenapena - foi bem pertinho dessa árvore que o caminhão tombou)