O JUIZ MORO. PETROBRAS. BABILÔNIA.

QUEM ARRUINOU SERÁ ARRUINADO.

A destinação dos conflitos a serem dirimidos, julgados, encontra juízes e juízes.

Os poderes institucionais exercidos pelos seres humanos os torna falíveis e próximos de influências ou não. Corre no sangue de cada um as inclinações maniqueistas, o bem e o mal.

São Paulo em suas cartas, por dever de interpretação, e só por isso, faz exegese do julgador e afirma que “o juiz enquanto julga com proficiência, sabedoria e eficiência, está acima dos homens e abaixo de Deus”.

Por que faz essa interpretação? Por ter em suas mãos o julgamento dos maiores valores dos outros homens.

Por isso Padre Vieira situa a ceguidade de Temis, a Deusa da Justiça, afirmando que é uma cega que vê. E quando vê? Quando está distante das influências todas, dos poderosos, da captação de vontade sublevadora, da oferta de benesses. Esta a característica da ceguidade que vê, da venda nos olhos da Deusa da Justiça, filosófica e mal entendida pelo povo, pelo senso comum.

Não sem razão - os fatos já secundam para quem conhece esses meandros e a postura adotada - a ação do Juiz da Petrobras, o Juiz Moro, que obteve de Forças Maiores, não as humanas, a missão que desenvolve, que já foi tentada enfraquecer com absoluto insucesso.

É a justiça que vê, e nada teme, tem ideal fortificado pela forja do caráter e enfrenta com altivez e desenvoltura pretendidos ataques. Perdem-se as investidas na biografia de quem nada deve e no profissionalismo de quem conhece o ofício e sabe enfrentar com inteligência hierarquias que estariam acima em revisão, colocando-as em impasse e fazendo-as estacionárias e obrigando-as a retrocederem, em competência jurisdicional e arranjos.

O “petrolão fará história”, antevejo graves desfechos.

Mas a depressão não condiz com o cristão, já disse Papa Francisco na celebração de Missa na Casa Santa Marta. Mencionou a "corrupção" e a "distração" como fenômenos que afastam de Deus.

Apontou Babilônia culminando no fim dos tempos, cidade destinada à ruína, por que não "aceitou o Senhor". Disse: "Babilônia é o símbolo do mal, do pecado", se acha "dona do mundo e de si mesma", portanto é vítima da sua própria corrupção, que tira a "força para reagir" .

A corrupção, explicou o Papa, “dá um pouco de felicidade, dá poder e também faz você se sentir satisfeito com si mesmo: não deixa espaço para o Senhor, para a conversão".

A corrupção é primeiramente do espírito, do "espírito pagão" e do "espírito mundano", disse o Papa. A forma mais grave de corrupção, acrescentou o Papa, é "o espírito da mundanidade."

A "cultura corrupta" do nosso tempo "faz com que sintamos aqui como se estivéssemos no Paraíso: plenos, abundantes". A Babilônia, portanto, é o símbolo de toda "sociedade, toda cultura, toda pessoa distante de Deus, distante também do amor ao próximo, que acaba por apodrecer”.

Nossa corrupção é babilônica. A palavra de ordem do Papa Francisco é:

"Nada de depressão: esperança!"

O reino da corrupção ruirá. Peçamos ao Senhor "a graça de estarmos preparados para o banquete que nos espera, sempre com a cabeça erguida”.

E ele virá pelas mãos do Juiz Moro que deu inicio ao fim dos tempos que vivemos para esperançar uma nova luz.

Celso Panza
Enviado por Celso Panza em 31/01/2015
Reeditado em 03/02/2015
Código do texto: T5120988
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