COMO ACABAM OS CRIMINOSOS? PETROBRAS.

Pode parecer a muitos que todos os corruptos, aqueles que cometem crimes contra a massa, logo que a corrupção como espécie incide muito e enormemente mais na esfera pública enlaçando o setor privado, estão muito bem com patrimônios subtraídos, escondidos, segredados, para serem usufruídos e gozados passada a tormenta judicial, principalmente no Brasil, onde as penas e as leis dormem no berço da frouxidão. Não é assim.

Mesmo a pena restritiva de liberdade sendo pequena, e não deveria ser, já é um inferno. Imagine-se com febre, preso em casa, com o carinho da família e não podendo sair. É um estorvo, uma agonia que retira o dia a dia da liberdade. Coloque-se em um presídio em cela de 12 metros quadrados, como um dos quatro presos executivos de grandes empreiteiras, alguns seus sócios majoritários e “boss” da empresa, só podendo comer por medida de segurança a comida servida pela instituição, acostumados que estão com mordomias de incontáveis estrelas. Já é uma portentosa pena.

Mas nada é diante da pena maior, a pena moral, embora seja valor difícil de alinhar para essas personalidades. Veja-se José Dirceu que mal pode entrar em um restaurante ou frequentar espaços públicos. Seria o presidente do Brasil se nada tivesse acontecido, era a bala na agulha do ex-presidente que teve que arranjar a presidente atual. Olhem a mudança na vida pessoal.

Esta é a pena moral, a mesma que os que acabaram com a Petrobras, homens públicos e privados, terão que enfrentar, alguns já enfrentando. A coisa só começou, acabaram com a Petrobras, uma das maiores empresas no "ranking" mundial, agora beirando o ducentésimo lugar, tecnicamente falida, e assim estaria se fosse de âmbito privado.

Por terem acabado com a Petrobras, estão acabados, é questão de tempo.

As leis americanas são rigorosas, as “ações de classe” movidas nos EUA pelos acionistas americanos prejudicados varrerão os escaninhos, os porões, e desnudarão os fatos. Milionários acordos deverá pagar a Petrobras para não ser excluída do Mercado de Ações americano. As mãos sujas de petróleo que faziam ufania e apregoavam o eldorado brasileiro estão em cheque. O ouro negro trouxe a negritude de escombros.

Um dos maiores criminalistas dos EUA, Robert Luskin , egresso de Harvard, perguntado sobre limites éticos dos advogados para defender seus clientes, cita Edward Williams, outro grande criminalista americano que dizia: “Defendo meus clientes da culpa legal, o JULGAMENTO MORAL DEIXO PARA A MAJESTOSA VINGANÇA DE DEUS”. Caixa alta nossa.

Dessa pena, moral, a maior de todas e já visível pelos encurralados dos fatos, que virão à tona com maior força, em breve, não há como escapar.

Alguns ironizam este lado por falta de avaliação compatível. Não gosto de citar nomes, mas façam uma varredura e vejam quantos poderosos antes estão mudos, calados, acovardados e sumidos pela pusilanimidade que encarnam, falam pela idiotia de seus ventríloquos, assim mesmo de forma capenga e sórdida.

Quando um simples lobista devolve duzentos milhões de reais, "generosamente", há de existir resíduo bem maior não devolvido por esta santa generosidade, dá para enxergar o tamanho do que se fez nas cúpulas.

Celso Panza
Enviado por Celso Panza em 30/01/2015
Reeditado em 30/01/2015
Código do texto: T5120153
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