AMIGO COMPUTADOR

AMIGO COMPUTADOR

Em junho de 1999, minha filha Teca para me tirar da depressão porque ambos havíamos, dois anos antes, perdido por falecimento, sua mãe, me presenteou com este Micro.

Confessei depois minha decepção por acha-lo muito complicado e inútil para meu uso de um idoso ocioso, além de dispendioso. A conta do telefone me assombrou. Então, iniciei minha vida de “escritor” com a crônica “Computador, Amigo Urso”, o adaptando às minhas condições financeira. Na época o desanquei. Faz exatamente sete anos e este, agora inseparável e grande amigo já me permitiu escrever milhões de palavras e se ele não me elevou à nobre categoria dos profissionais da mídia escrita é porque eu não pode me profissionalizar pela falta de condições financeiras para dar o primeiro impulso.

É bom salientar, o computador é uma “criatura com corpo e alma” e com é natural, sofre os desgastes de uso, como qualquer uma outra e nos dá preocupação e gastos financeiros com o seu “tratamento”.

Durante estes anos, correspondentes a dois períodos de um exercício presidencial, eu deitei minha cabecinha, à noite ou de dia, sobre seu “ombro Amigo”, chorando amargura, tristeza, alegria, decepções, amor, critiquei e recebi críticas, etc. numa convivência como se fora um casal humano, contudo, mais fácil de confidencias e resolução de desacordos. Desejo salientar, que também ele se pôs à disposição para outros personagens da família proceder da mesma maneira. Enfim, o Computador é um Amigo tão fiel como o cão, desde que saibamos usa-lo. Aliás, como criatura também “instintiva” pode morder, até o dono.

Devo exaltar e salientar me faltar a capacidade de um cronista para enaltece-lo. Contudo, grito pelo Recanto das Letras meu agradecimento e estima, procurando me redimir um pouco do pensamento negativo que fiz a seu respeito a oito anos atrás, solicitando aos meus colegas que escrevam crônicas e poemas sobre este Amigo, no mínimo para se catalogar a sua avaliação como meio cultural. De antemão, lhes agradeço.

Como a concessionária (subconsciência) da distribuidora (consciência) da energia produzida pelo meu coração só procura o lado bom das coisas, espirituais e materiais, esclareço que não mantenho “relações de amizade” com o lado do Mal explorado por alguns dos seus usuários.

Grato.

Em tempo: O amor é o relé da energia cosmogâmica produzida pelo Coração que dele se serve para ligar à distribuidora Consciência e que por sua vez a entrega à concessionária Subconsciência. Desta depende a qualidade do “serviço”.

Iran Di Valencia
Enviado por Iran Di Valencia em 03/06/2007
Código do texto: T511776