Nas pequenas coisas...
Carregado pelo vento noturno o falcão vê a lua esconder mistérios...
Que relata ser enigmas taciturnos que a neblina se encarregou de esconder no mais alto dos céus.
Mas, as dispersões das áreas do tempo, revelam fatos e esse falcão escuta a mais pura alma que já pisou na terra... Essa alma prateia os oceanos com sua áurea vespertina, com sua vida luminosa... Mas o tempo discorda de tal testemunho e por isso o inverno o captura...
Ele, o cansado falcão, grita seu destino...
E esse grito embriaga sua sensação de liberdade, que um dia suas asas aplaudiram nos horizontes... Mas as árvores se perguntam: de onde vem essa força vital que compõem seu desejo pela vitória?
E sem que eu percebesse...
O revigorado falcão se libertou de seu fatídico aprisionamento...
Agora, ele navega no céu, contemplando o horizonte delimitado pelo mar, senti seus pulmões encherem de ar e se contagia de selvageria...
Ele gosta de ser carregado novamente pelo vento...
E por isso seu destino o presenteia.
E ele chora com seu presente, e sua lágrima toca delicadamente o oceano...
E as nuvens abrem o maravilhoso embrulho ganho pelo falcão, que vagarosamente descortina um magnífico pôr-do-sol.