Nas pequenas coisas...

Carregado pelo vento noturno o falcão vê a lua esconder mistérios...

Que relata ser enigmas taciturnos que a neblina se encarregou de esconder no mais alto dos céus.

Mas, as dispersões das áreas do tempo, revelam fatos e esse falcão escuta a mais pura alma que já pisou na terra... Essa alma prateia os oceanos com sua áurea vespertina, com sua vida luminosa... Mas o tempo discorda de tal testemunho e por isso o inverno o captura...

Ele, o cansado falcão, grita seu destino...

E esse grito embriaga sua sensação de liberdade, que um dia suas asas aplaudiram nos horizontes... Mas as árvores se perguntam: de onde vem essa força vital que compõem seu desejo pela vitória?

E sem que eu percebesse...

O revigorado falcão se libertou de seu fatídico aprisionamento...

Agora, ele navega no céu, contemplando o horizonte delimitado pelo mar, senti seus pulmões encherem de ar e se contagia de selvageria...

Ele gosta de ser carregado novamente pelo vento...

E por isso seu destino o presenteia.

E ele chora com seu presente, e sua lágrima toca delicadamente o oceano...

E as nuvens abrem o maravilhoso embrulho ganho pelo falcão, que vagarosamente descortina um magnífico pôr-do-sol.

Rascunho de Poeta
Enviado por Rascunho de Poeta em 03/06/2007
Código do texto: T511723
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