O púlpito e a Tribuna
A Câmara Municipal da mata Graciosa sempre foi marcada por inusitadas e bizarras ações de nossos nobres colegas; Certa vez o ex-vereador Pardal do Povo apareceu pedindo mídia, na capa do jornal com um largo sorriso e o relógio da rodoviária que havia sido roubado, não soube explicar a origem do furto... Remontando ao tempo que realmente meus grandes amigos faziam da Câmara uma mata, estrelando; Saracura e Pombinho (na memória), Rolinha, Grilo... entre outros que me falha a memória. Outra fantástica recordação é do Gavião caracará (na memória), sugeriu mudar a “lei da gravidade” para trazer a água do ribeirão quebra cuia até a cidade! E o Gambá que distribuía cachaça aos bichos enquanto o processo de cassação do ex-prefeito Castor corria no plenário da Câmara. Gambá com o garrafão na mão solidarizou o amigo Castor, o primeiro e único prefeito cassado na história da Graciosa. Recentemente o vereador Cachorro pastor alemão, protagonizou um discurso incoerente com a posição que ocupa; Representante da massa popular. Foi infeliz no pronunciamento ao dizer da tribuna, que não renunciou ao cargo de vereador por causa de um carnê que parece uma bíblia, com altas prestações a perderem-se de vista (noventa e seis parcelas, equivalente ao período de dois mandatos como vereador). Disse ainda que quando era frentista, seu salário não fazia frente, só tinha condução e sonhava em ter um veículo, uma máquina possante e de notoriedade. Ainda alfinetou alguns dizendo do vício da politiquinha intrigueira e atrasada! Prosa que causou constrangimento entre os nobres colegas. O papudo nobre colega Peru disse que Cachorro nunca devia ter trocado o púlpito da igreja pela tribuna da Câmara. O nobre edil, veterano Tatu, achou uma infantilidade e despreparo para ser um legítimo representante do povo Gracio-sense! A nobre colega Ariranha “evangélica e católica” fervorosa, decepcionada falou ao companheiro de legislativo, que repense suas considerações, antes de levantar o cajado em público e profetizar, comprometendo a imagem dos nobres colegas dessa respeitada e produtiva casa de leis! Muito bravo estava o principiante vereador Coelho que orientou todos a não levar o nobre colega Cachorro em reuniões na capital ou em Brasília, ele pode cometer gafes tremendas é simplão demais, matuto sem noção pode fazer uma cachorrada danada! Cachorro botou mais fogo no circo, ao dizer que em nome de Deus e do bolso do contribuinte vai encabeçar a campanha do projeto de lei para baixar os pagamentos dos vereadores para a próxima “gestação”; seis salários mínimos atualmente para um salário, mais o quite; terno, gravata e sapato. Três sessões semanais das sete a meia-noite. Com a economia Cachorro pediu investimentos no plano de carreira dos funcionários públicos, cobrou valorização que estimula motivação! O nobre colega Cachorro terá que rezar dobrado, irou os inimigos. Melhor ficar só no púlpito da igreja, pregando os projetos de leis do Senhor...