Crianças

Por onde anda a temperança que já fez parte da criança que fomos um dia?

A curiosidade de quem se encanta com o que vê

Que canta uma melodia e faz chover

Que transforma tecidos em cabanas, onde panos são tijolos

Sorri com facilidade, risos como guizos singelos

e compreende a diversidade sem o flagelo da dificuldade

Que rola sem medo de se sujar e quando chora é apenas um interlúdio para brincar

Que cai e se levanta sem ver o tempo passar e desmorona na cama com a noite que paira no ar

Por onde andam os sonhos que nunca são grandes demais?

Que faz do presente uma aventura diária em que nunca estamos ausentes

Na ventura de não ser sedentário, de ir e vir sem as desculpas imaginárias

De quem da vida só espera a intensidade de rabiscar

e ainda sem saber desenhar, faz uma obra prima

Fernando Paz
Enviado por Fernando Paz em 24/01/2015
Código do texto: T5112533
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