Não sei como será o meu amanhã, talvez, eu não esteja aqui para vê-lo passar em sua carruagem multicolorida, distribuindo suas fantasias, suas realidades que na maioria das vezes me viram pelo avesso. Que faz surgir nos meus lábios sorrisos, que nem sempre retratam a minha felicidade, lágrimas de uma saudade adormecida que não chegam a brotar em meus olhos, pois são reações intrínsecas de um coração, que amou e ama demais.
Sou o artífice de minha própria história e no roteiro da vida fui escolhido para ser interprete de vários personagens, scripts desconhecidos que não me revelam o futuro.
Enquanto a magia dos sonhos não se desfaz, vou vivendo meus momentos, minhas quimeras! Meu presente! Ele é a única certeza que tenho, e me deixo ser levado pela correnteza de suas águas cristalinas e turvas, que refletem a minha imagem na passarela do tempo.
Por isso, vivo como se não tivesse o amanhã, ele não me pertence, é uma parte da sequência da minha missão que terei de cumprir enquanto me for permitido por aqui permanecer.
E, assim, vou curtindo o hoje, o agora, sem pressa de chegar, alimentando com minhas ações a luz que me guia e iluminará minha trajetória; traidor profano, apaixonado pelas estrelas e enamorado da lua, fascinado pelos seus fetiches que me seduz e me induz a ser o mais contumaz dos pecadores.