O MUNDO É UM MERCADO.

O MUNDO É UM MERCADO.

Crônica.

Por Honorato Ribeiro.

O único animal que sabe que vai morrer é o homem. Só não sabe de que, que dia irá morrer e aonde irá morrer. Este é o grande segredo para o homem. Ele sabe e tem consciência que somos caveiras iguais. O ar que eu respiro todos sem exceção respira, pois ele é o sopro da vida. É, também, o único que o mundo do mercado não compra, porque é divino. O homem é dotado de inteligência e razão. O homem é o administrador de sua própria vida e é livre de escolher o caminho e optar pelo bem ou pelo mal. (livre arbítrio). Mas o homem não pode ser escravo do outro nem de si mesmo. Ele nasceu para ser livre e, nisso ele é insubstituível, o seu eu só pertence a ele; e somente ele guarda na placa mãe bilhões de informações secretas que somente ele conserva eternamente. Mas o mundo onde ele vive, faz do homem um objeto de compra e venda. Nesse negócio sócio-político o homem se tornou um objeto, uma coisa; em ser coisa ou objeto está sujeito a não ter liberdade. A liberdade passa ser uma obrigação social, rouba a sua própria dignidade de ser o que ele desejaria ser. “Se penso, logo existo”, mas o mundo se tornou um mercado e a troca da mão de obra e o dinheiro, que é o capital da escravidão, dos que possuem o poder e se torna patrão da massa que eles possuem a maça para se tornar dono do mundo e do mercado humano. Transformam os oceanos em cemitério humano; os jovens são vendidos como mercadorias humanas; o sexo se tornou mercado vantajoso para os que possuem os poderes, quer político, quer capital de giro, transforma o ser humano como produto de compra e venda. O mundo é um mercado de drogas lícitas e ilícitas. Até mesmo a crença no divino se tornou mercadoria e o homem deixou de ser livre para pensar, refletir, analisar onde fica o inferno ou o céu. “Porque o inferno são os outros”, mas o mundo do mercado é o céu materialista que faz do dinheiro seu próprio Senhor.

Tudo mais belo do mundo foi feito pela mão operária: do carro de boi ao avião; das picadas ao asfalto; do casebre aos edifícios mais modernos, construídos por braços fortes e mãos de aço, mas o mundo é um mercado incomensurável sem compaixão. Por apenas trinta moedas de prata vendeu aquele que tinha o maior poder nas mãos e se humilhou até a morte mais bárbara pelo Império Romano e o alto clero, porque o mundo de ontem, de hoje e do futuro é e será sempre: o mundo do mercado. Os profissionais de todas as áreas, os mestres do ensino educativo, os comunicadores e anunciadores se tornaram objetos de compra e venda, pois o amor continua ser abortado, pois o mundo é um mercado perverso e desumano. O ser deixou de ser humano e independente, porque o mundo do mercado desumanizou, descristianizou, desmanchou, desmontou, desassociou a própria sociedade e a família; fê-lo de animal racional a irracional, porque o homem não é livre nem tem liberdade; o ser humano se tornou fantoche dentro desse mundo de mercado. Carlito, com sua arte mímica cinematográfica, – cinema mudo – já mostrou ao mundo quem seria o homem e as máquinas: Fantoche trabalhador. O mundo do mercado escolheu dar maior valor as máquinas. Até a fé no superior é preciso que o homem pertença a esse mundo de mercado senão ele (nós humanos) perde-se o Paraíso que foi dado ao ladrão, mas esse mundo do mercado diz ao contrário: ou atende a nossa voz ou vai para o inferno, porque a voz do mundo do mercado é forte e tentador. Ambicioso, atraente, perverso e sedutor. Até a moda o homem tem que comprar e usá-la senão ele fica arcaico e um animal selvagem, atrasado, bobo. E o homem que é o ser mais importante desse planeta terra, com toda essa tecnologia, que se nos apresenta através da mídia, a virgindade, a honra, o caráter, a ética foi vendida para o mundo do mercado. E o papa que se cuide!, senão – oremos para que não aconteça – só irá governar pouco tempo como fora o seu papado de João Paulo I. Liberdade é coisa divina, mas o mundo que é um mercado, nega tudo isso, pois quem vale é o capital. Céu, inferno, e tudo o que ensinou o homem de Nazaré, o mundo do mercado afirma que tudo são dogmas para quatro paredes; e as quatro paredes são: as escolas, os presídios, os asilos, os consultórios médicos, os poderes judiciários, a cortina do: “máscara de ferro” – filme dos gabinetes parlamentares -, nas creches, nas favelas, o mundo é e será o mercado para que o homem não seja livre, mas objeto de compra e venda. O homem é o único ser pensante e responsável pela sua própria ação e vida, mas está submisso ao mundo do negócio e não há nada nesse mundo que possa destruí-lo. Tem que concordar com o grande sábio que disse: “Sei que nada sei”.

Fim de jornada: Como sair deste Mundo é um mercado?

hagaribeiro.

Zé de Patrício
Enviado por Zé de Patrício em 18/01/2015
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