Vamos fazer uma vaquinha?
Nós usamos certas expressões e geralmente nem nos perguntamos o porquê das mesmas. Fazer uma vaquinha? O que juntar dinheiro entre amigos para conseguir um objetivo tem a ver com o tão apreciado ruminante? A coitada já aparece em outra expressão, não muito lisonjeira, que é “vaquinha de presépio” e aqui ela está de novo a inspirar a nossa língua pátria.
Para entender esse mistério, temos de voltar ao ano de 1920. Na época o futebol não era aquela fonte inesgotável de dinheiro que é hoje, mas os torcedores já eram fanáticos e queriam incentivar o time. Para um empate suado, mas precioso, davam 5 mil réis de prêmio aos jogadores. Para uma vitória simples, sem grandes shows, eles recebiam 10 mil réis. Para vitórias espetaculares, históricas, ou que valiam uma taça, arrecadavam 25 mil réis. E é aí que o nosso querido mamífero aparece. Em nosso passado recente, os números sempre se relacionaram com o jogo do bicho. Daí, 5 para o cachorro, 10 para o coelho e, finalmente, 25 para a vaquinha. Como a grana era difícil já naquela época, os fãs do clube - dizem que foi o Vasco que começou – precisavam juntar um pouco de cada um para “fazer uma vaca” e pagar o prêmio. Ou seja, “faziam uma vaquinha”, juntando vinte e cinco mil réis.
Há uma explicação para tudo. Ou quase tudo.
*Mais tarde, as palavras “vaca ou “vaquinha” serviram para designar a nota de cem cruzeiros.
Fonte: http://mundoestranho.abril.com.br / José Pereira da Silva, da Universidade Estadual do Rio de Janeiro (UERJ).
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