Rodar a baiana
Quase todo mundo sabe – ou ainda sabe – o que significa “rodar a baiana”. Quando uma pessoa ameaça alguém de rodar a baiana, é necessário cuidado, principalmente se esse alguém não gosta de escândalo. Em outras palavras, “rodar a baiana” é “armar um barraco”, fazer confusão. Aparentemente, os falantes brasileiros estão usando o verbo “causar” - quando intransitivo - em sentido semelhante: “Ele causou”. Divagações à arte, o que a baiana tem a ver com isso? Boa pergunta, pois a expressão vem do Rio de Janeiro e não da Bahia. Segundo Lívia Lombardo, em seu livro “Aventuras na História”, da Editora Abril, tudo começou no início do século 20. Os “engraçadinhos” já existiam nessa época e eles se divertiam beliscando as nádegas das incautas moças que desfilavam nos blocos de Carnaval. Os cariocas arrumaram um jeito de resolver o problema. Alguns capoeiristas se camuflavam de “baianas” - saia rodada e turbante na cabeça - e misturavam-se no bloco. Quando, alguém vinha beliscar, coitado! Levava o maior golpe de capoeira. Os assistentes não entendiam o que estava acontecendo quando viam aquelas baianas rodando no ar. Algum incauto tinha tentado beliscar uma delas e acabava levando um golpe certeiro. E assim nasceu a expressão. Alguém podia aproveitar a ideia para os transportes coletivos de hoje em dia.
Não sei, porém, qual seria a fantasia.
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À procura de Lucas
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