O AMOR E A IMPORTÂNCIA PESSOAL.

O amor e a importância das pessoas são relativos e densamente ligados às múltiplas e diversificadas emoções, da mesma forma como o amor é gênero de várias espécies. Existem amores incondicionais que superam o amor que possamos ter a nós mesmos.

Seria eu a pessoa mais importante para mim mesmo?

Li uma frase no Recanto nesse sentido que me motivou a presente consideração. A mecânica é diferente, embora pareça que seja esse o princípio.

O amor dos pais aos filhos é desmedido, isso a tal ponto que dariam os pais a vida para os filhos, e se pai e filho precisassem do mesmo socorro para sobreviverem, ou de algo, e a sobrevivência dependesse da ação do pai, ele o faria primeiro para o filho, depois para ele. Ele nessa situação não era a pessoa mais importante do mundo para ele mesmo, mas o filho era e sempre será mais importante para ele, pai.

Isto é claro como a luz solar. Claro como o amor é relativo. Assim também para a mãe e para o avô como sou.

Não importando o grau de importância em todos os sentidos que as pessoas dão a si mesmas, em episódios, momentos e fenômenos humanos, a ponderabilidade do amor que se tem por si ou outros seres está ligada à afetividade. Esse é o comando, a central emocional que emite a ação de conduta, amor.

Não há como contradizer, quem o fizer milita em equívoco incontornável. A importância é integralmente condicionada e condicionante. O amor nunca fará de um pai, de quem é mãe, ou mesmo avô ou avó, ser mais importante para si do que filhos e netos. Quem conhece esse amor conhece a falta de importância que dá a si mesmo e que sente diante desses laços de amor em qualquer situação.

O amor é maior que a importância, será e sempre foi, e o “amai o próximo como a si mesmo”, do Nazareno, que não enlaça essa força amororosa de sangue, mas a utópica, desejada e dificílima que a todos abrangeria, está longe desse amor imensurável, do pai, da mãe e dos avós que só eles podem avaliar. Mesmo assim, qualquer ser do bem, vendo uma criança em perigo fará tudo para que nada lhe aconteça. Não somos, pois, as pessoas mais importantes do mundo para nós mesmos.

Seria grave equívoco assim entender,mais aceitável é ligar a importância ao amor.

Não somos mais importantes para nós do que são nossos filhos e netos.

Somente para ilustrar,meu pai quando perdeu seu primeiro filho, irmão que não conheci, aos dois anos de idade, cunhou esta frase para colocar em seu túmulo: "Depois de sua morte compreendi que a vida é uma ilusão que mata". Acho ser bastante para compreensão desse amor.

Celso Panza
Enviado por Celso Panza em 15/01/2015
Reeditado em 15/01/2015
Código do texto: T5102075
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