O tempo é curto...
 
E é só depois que damos conta do quanto dele perdemos!
Sentimos os pés cansados de tanto caminhar em vão, o nó apertando a garganta cala nossa voz, e só temos forças para ficarmos em silencio.


Assim passamos a ver as coisas com mais clareza e entender que de vez em quando precisamos valorizar os conselhos e analisar os avisos.
 
As adversidades são tantas que só conseguimos realmente estar de pé quando dobramos nossos joelhos.
Pois na terra não há juiz mais justo e severo que o tempo e no céu não há outro que se compadeça tanto de nós como Deus.

E nos entregamos na plenitude da humilhação, certos de que não há em humano algum abrigo que mereça a sinceridade do nosso coração.

Isso nos ajuda a perceber que aquilo que tanto valorizamos não tem tanto valor.

Então entendemos que há valores que parecem que só nós respeitamos; como a confiança que depois de morta ninguém a ressuscita inteira.

Na verdade a vida parece um filme cheio de cenas fortes de adultério da verdade e conivência com a traição, maldade e falsidade, pessoas que divertem à custa da mentira e que infelizmente de alguma forma somos vitimas,


Há cenas injustas que presenciamos no nosso dia a dia e que  permanecem na memória, e de vez em quando vai doer novamente e essa é a dor bem vinda que não nos deixará esquecer de que comunhão e cumplicidade só se encontram em Deus e na família, são eles que nos amam e nos dão devido valor e respeito.

Mas ainda há um fio de prata de esperança para aqueles que querem um tempo melhor, uma vida razoável porque, vida boa não existe, somos atacados todos os dias em todas as áreas da vida, todo dia há um gigante a ser vencido, e não precisa ser grande para vencê-lo, basta ter cinco pedras e acreditar.    

Tudo isso descobrimos na solidão do nosso necessário silencio.

E nos redescobrimos quando percebemos que não perdemos nada, que pessoas vazias sempre existirão, e nunca seremos capazes de preenchê-las, pois vomitam o que comem seja bom ou ruim o prato.

E encontramos paz longe de suas conspirações e nos sentimos bem, e o bem que sentimos é vindo da certeza de termos feito tudo, mesmo sabendo que não valeu à pena.

Penso... Se a vida for uma peça, vamos destruir o teatro, quebrar as luminárias e sair do foco para termos paz.
O tempo não espera mais!