QUEM SOMOS NÓS REALMENTE?

Quem somos nós realmente? Sempre me fiz esta pergunta, daí revolvi ir à busca da minha compreensão quanto a ela. Penso que somos uma existencialidade tripla. Ou seja, somos ao mesmo tempo, uma existência, física, mental e espiritual.

Entretanto, a despeito de sua natureza original ser existência espiritual, essa é uma parte meio esquecida, por não serem refletidos pelos nossos cinco sentidos. E as atenções são dadas mais às questões físicas e mentais, mas, que são apenas, realidades superficiais.

E por sermos provenientes do espírito, o mesmo faz da mente e do físico, os seus instrumentos, para a obtenção das mais variadas coisas. Passando pelas experiências de alegria, tristeza e sofrimento, o espírito adquire conhecimentos da natureza do universo, do homem e do Amor, que assim promovem a sua evolução.

Também através desse mundo físico, ele cria uma forma perceptível aos cinco sentidos, e após testar de diversas maneiras as reações da vida humana, começa a discernir o bem do mal, percebendo que a coragem deve ser enaltecida, que o Amor deve ser cultivado, e que a discórdia só faz enrudecer a alma.

Assim, o espírito adquire o conhecimento oferecido pelas mais variadas circunstancias, tanto no campo intelectual como no campo afetivo, e gradualmente evolui e se eleva. Todavia Mente e Corpo, nem sempre se apresentam em conformidade com a orientação do Espírito. Conseqüentemente, por decisão própria, fazem manifestar o ego, que por vezes, os levam ao fracasso.

Pelo controle perfeito do espírito, sobre a mente e o corpo, é que se consegue elevar o resultado final da encenação da vida. É preciso fazer uma observação, se a nossa vida esta sendo regida somente pela fome, a sede, e o desejo de uma boa representação, isso é o anseio de prazer. Se assim o for, a nossa consciência fica autolimitada num campo muito restrito, que impede a perfeita evolução do espírito.

Mas, se a nossa vida for limitada, apenas a buscar conhecimentos, apesar de ser uma vida mais elevada do que a que fica dominada, seja pela sensação de satisfação ou insatisfação do corpo, mesmo assim, não poderemos deixar de reconhecer que estamos vivendo imersos numa vida também de autolimitação, numa posição que nos impossibilita ver o mundo espiritual.

Todos nós nos queixamos de que, apesar do desejo de ser feliz, e fazer as pessoas felizes, tal fato é difícil de concretizar. Procuramos as causas no mundo exterior, culpamos as normas sociais, o ambiente, até na cidade em que vivemos, e principalmente a falta de qualidade nos políticos e na política. Porem, o nosso maior erro é atribuir os efeitos e causas, ao mundo das formas. Mas, uma vez que elas pertencem, na verdade, ao mundo mental, já que esse nosso mundo é apenas sombra da nossa mente. Então temos que parar de jogar a culpa nos outros, quando esses são, os nossos problemas.

Enquanto o conceito de felicidade, isso em todos os pensamentos, for à dependência do acumulo de bens, o desejo de conquistar mais bens será sempre maior, teremos a continuidade da corrupção, do suborno, do aumento abusivo dos rendimentos através de fraudes. Ai a felicidade sempre permanecerá em segundo plano, menosprezada. E principalmente devemos considerar que somos nós, os únicos responsáveis pela nossa própria felicidade.

É comum pensarmos que cada um cuida da sua vida individualmente, que nos constituímos de grupos isolados, porem, na verdade o isolamento não existe em parte alguma, todos nós estamos integrados ao todo. Portanto, se a nossa ação individual resultar na infelicidade do outro, nós próprios nos tornamos infelizes, mesmo que não percebamos. Portanto, lembre-se, Eu e o outro somos um único Ser, manifestando individualmente o Deus da nossa criação.

Marcus Paes
Enviado por Marcus Paes em 14/01/2015
Reeditado em 12/07/2018
Código do texto: T5101507
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