DENEGRIDORES DE AMBIENTES

Que o trânsito nas grandes capitais do nosso país é lastimável, todos nós o sabemos.

É cada qual procurando “ser mais esperto” que o outro, mesmo que para isso tenha que infringir a legislação.

Pior ainda é quando os condutores resolvem transportar esse caos para locais nos quais automóveis e congêneres não deveriam estar.

Um exemplo disso, dentre tantos outros pelo país afora, é a chamada Pista da Andradas, na capital das Minas Gerais, onde as pessoas fazem suas caminhadas, corridas, passeios de bicicleta, skate, ginástica etc.

Além da pista oficialmente demarcada, há uma espécie de “área de transição”, de aproximadamente 400 metros, onde as pessoas chegam e saem caminhando, correndo e praticam atividades físicas diversas. O problema é que essa área também é usada por motoristas comodistas, que estacionam os carros o mais próximo possível do início da pista propriamente dita.

No entanto, no horário de pico, que é aproximadamente das 18h30 às 20h30, é muito difícil entrar ou sair de carro daquele local. É gente trançando para cá, gente trançando para lá, bicicletas de um lado para o outro, carros que tentam entrar, sair, manobrar, um verdadeiro caos que os motoristas transferem para lá.

Essa disputa por espaço entre os praticantes de exercícios físicos e os condutores de automóveis e congêneres, sempre geram atritos. E o que deveria desestressar, acaba por estressar ainda mais os envolvidos.

Melhor seria se cada condutor, ao menos nos horários mais críticos, deixasse a preguiça de lado e estacionasse o seu veículo nas adjacências. Assim a via ficaria toda liberada para a prática esportiva, tornando-se, dessa forma, mais saudável, mais segura e mais prazerosa para todos.

No meu entender, os condutores que, por comodismo, ostentação, ou por qualquer outro motivo não justificável, não passam de verdadeiros denegridores de ambientes.

Rafael Arcângelo
Enviado por Rafael Arcângelo em 14/01/2015
Código do texto: T5101210
Classificação de conteúdo: seguro