JE SUIS CHARLIE - LIBERDADE, IGUALDADE E FRATERNIDADE?

JE SUIS CHARLIE - LIBERDADE , IGUALDADE E FRATERNIDADE.?

“QUEM COM FERRO FERE, COM FERRO SERÁ FERIDO"

“Posso não concordar com o que você diz, mas

defenderei até a morte o seu direito de dizê-lo"

O episódio da última semana, trouxe transtorno para o mundo todo ao ver a crueldade e matança dos jornalistas do jornal Charlie Hebdo.

No último domingo, milhões de europeus foram às ruas de Paris para manifestarem seus apoios e solidariedade aos mortos.

Quarenta chefes de estado, até mesmo alguns que não adotam em seus países, seguiram juntos a passeata de mãos dadas, em defesa da bandeira de JEAN JAQUES ROUSSEAU –

Liberté, égalité, fraternité.

ORA, ORA, POIS, POIS, DIRIA o pensador Moçambiquense de plantão. Por Onde estarão a liberdade e fraternidade?

O que mais fere, os tiros que matam ou o lápis que denigre?

Não cabe aqui, e em nenhum momento fazer apologia ao terrorismo, pois é de bom alvitre buscar o caminho do bom senso.

Os 4 milhões de caminhantes da cidade fria, teriam pensado por algum momento, envolvidos pelo calor das circunstâncias e pelo luto, o quanto que os chargistas feriram a cultura e a fé de uma gente que durante séculos respiram a crença de um profeta que julgam estar acima do bem e do mal.

Quantos de nós, ocidentais, crentes e senhores de toda verdade e da razão, quando envolvidos pelos nossos paradigmas, ao sermos contrariados, permitimo-nos ter nossas cóleras sagradas de cada dia?

Liberdade de expressão, é certamente um direito inalienável, mas até onde vai o meu direito de expor o meu hálito ácido, quando ataco, só pelo prazer de ironizar aqueles que só sabem se defender matando. Qual o comportamento que devo ter ao me deparar com uma fera, provoca-la?

Perguntamos anteriormente por onde andariam a liberdade e fraternidade, e deixamos para aqui examinarmos o outro vértice. Por acaso este triângulo só se torna equilátero quando conjugamos a igualdade com aqueles que nos são iguais, e quando não são? Tornamo-nos obtusos?

Cristãos, muçulmanos, judeus, ateus, seriam diferentes nos cemitérios? Seus mistérios , seus ministérios estabelecem suas condutas e suas formas de melhor agir e reagir diante de um mundo tão heterodoxo, mas que dessa diversidade, com um olhar mais preciso, certamente teremos a urgente necessidade de se olhar para dentro de si, e daí perceber a beleza que há em cada coração, respeitando a cada um e fazendo-se cumprir o mandamento maior que aqui no ocidente aprendemos com o Nosso Mestre maior: AMAR A DEUS SOBRE TODAS AS COISAS, E AO PRÓXIMO COMO A SI MESMO.

PEDRO FERREIRA SANTOS (PETRUS)

13/01/15