NÃO, NÓS NÃO SOMOS UMA RAÇA!
"Nesta terra, em se plantando tudo dá...", já dizia Pero Vaz de Caminha em sua carta ao rei de Portugal, lá pelos idos de 1500. E nesses mais de 500 anos de vida o Brasil passou de tudo um pouco. No início, com a abundância favorecida pela natureza, ninguém se preocupou em plantar. Afinal, havia pau-brasil, látex, minérios; era só cortar, extrair, levar. E os navios singravam os mares levando as riquezas da terra grande em que tudo parecia não ter fim. Mas teve. Esgotados os recursos naturais e amedrontado pelas constantes invasões, Portugal só viu à frente um caminho: colonizar para não perder. Mas quem, dos exploradores acostumados só a levar o que já existia, iria pegar no facão para abrir espaços, preparar e cultivar a lavoura? Os índios bem que foram cogitados, mas eram escorregadios e frustraram o desejo dos colonizadores de fazê-los trabalhar à terra. Solução? Buscar o negro em longínquo continente, aprisioná-lo, transformá-lo em simples mercadoria e mão de obra barata. Aos escravos coube a sofrida tarefa da monocultura que gerou riquezas através das exportações de cana-de-açúcar. Açúcar que adoçava a mesa dos fidalgos, cachaça que amortecia os golpes sofridos no tronco pelo escravo. E a monocultura trouxe a derrocada de grande parte das nossas florestas, de tal sorte que, até hoje, sofremos as consequências.
Com a queda nas exportações de cana, surgiram os reis do café que, apoiando a vinda dos imigrantes, contribuíram para a abolição da escravatura. Imigrantes que, embora pagos, sofreram as agruras, inicialmente, de uma quase total dependência dos cafeicultores. Ou então, por conta própria, à custa de muito suor, abriram picadas em meio ao matagal, vivendo precariamente, mas contribuindo, passo a passo, para o surgimento de vilas, enquanto os boiadeiros abriam caminhos originando estradas.
Portugueses, índios, negros, alemães, italianos e, mais tarde, outros imigrantes, deram vida a este imenso País, um gigante frente a seus países de origem. A miscigenação deu origem a um povo bom, alegre, musical, hospitaleiro, trabalhador. Não, nós não somos uma raça! Somos, sim, uma Nação colorida, uma mistura bonita como um arco-íris a enfeitar o céu desse Planeta azul.
Giustina
(imagens Google)
"Nesta terra, em se plantando tudo dá...", já dizia Pero Vaz de Caminha em sua carta ao rei de Portugal, lá pelos idos de 1500. E nesses mais de 500 anos de vida o Brasil passou de tudo um pouco. No início, com a abundância favorecida pela natureza, ninguém se preocupou em plantar. Afinal, havia pau-brasil, látex, minérios; era só cortar, extrair, levar. E os navios singravam os mares levando as riquezas da terra grande em que tudo parecia não ter fim. Mas teve. Esgotados os recursos naturais e amedrontado pelas constantes invasões, Portugal só viu à frente um caminho: colonizar para não perder. Mas quem, dos exploradores acostumados só a levar o que já existia, iria pegar no facão para abrir espaços, preparar e cultivar a lavoura? Os índios bem que foram cogitados, mas eram escorregadios e frustraram o desejo dos colonizadores de fazê-los trabalhar à terra. Solução? Buscar o negro em longínquo continente, aprisioná-lo, transformá-lo em simples mercadoria e mão de obra barata. Aos escravos coube a sofrida tarefa da monocultura que gerou riquezas através das exportações de cana-de-açúcar. Açúcar que adoçava a mesa dos fidalgos, cachaça que amortecia os golpes sofridos no tronco pelo escravo. E a monocultura trouxe a derrocada de grande parte das nossas florestas, de tal sorte que, até hoje, sofremos as consequências.
Com a queda nas exportações de cana, surgiram os reis do café que, apoiando a vinda dos imigrantes, contribuíram para a abolição da escravatura. Imigrantes que, embora pagos, sofreram as agruras, inicialmente, de uma quase total dependência dos cafeicultores. Ou então, por conta própria, à custa de muito suor, abriram picadas em meio ao matagal, vivendo precariamente, mas contribuindo, passo a passo, para o surgimento de vilas, enquanto os boiadeiros abriam caminhos originando estradas.
Portugueses, índios, negros, alemães, italianos e, mais tarde, outros imigrantes, deram vida a este imenso País, um gigante frente a seus países de origem. A miscigenação deu origem a um povo bom, alegre, musical, hospitaleiro, trabalhador. Não, nós não somos uma raça! Somos, sim, uma Nação colorida, uma mistura bonita como um arco-íris a enfeitar o céu desse Planeta azul.
Giustina
(imagens Google)