EU NÃO SOU CHARLIE
O mundo ficou conturbado pela morte de uma dúzia de chargistas que compunham uma equipe de um tabloide francês. E, nessa turbação, muitos se identificaram com ele e se posicionaram de modo a representa-lo, lamentando o ocorrido. Você também está do seu lado? Não? Por quê?
Todos sabem que muitos mulçumanos, seguidores de Maomé (uma pessoa que diz ter recebido uma visão que o teria tornado beato), são fanáticos pela religião que professam. E eles têm dado mostras do que são capazes. O seu fanatismo chega às raias da loucura. Pois chegam a colocar explosivos presos em seus corpos, a fim de matar o maior número possível de pessoas, as quais eles têm como inimigos da sua religião, mesmo sacrificando a própria vida.
E alguns que não professam essa religião, mas que também seguem como cegos outra que lhes agrada ou convém, não tem respeito pelos primeiros, e lhes provocam a ira com sátiras mordazes. Foi o que fizeram os doze mortos em Paris, França, há alguns dias. E eles não provocaram somente a ira dos mulçumanos, mas, penso eu, que a de Deus também. Pois também ridicularizaram o nascimento do Deus dos cristãos, Jesus, bem como o Pai e o Espírito Santo.
É interessante como a mídia reprova tenazmente qualquer manifestação que contrarie a liberdade de imprensa, mas não tenha respeito por outra religião que não a sua, ou da de grupos que antipatizam.
Hoje uma das maiores religiões do mundo está namorando os adeptos de outras religiões, querendo o ecumenismo. E o líder que isso faz reconhece que, no passado, foi responsável por muitas perdas de vidas humanas, e, no presente, responsável por muitas violações dos direitos humanos, notadamente por abusos sexuais e pedofilia, praticada por aqueles que se têm como representantes de Deus e escolhidos por Ele para conduzir o homem a Ele.
O alcorão, um livro de doutrina dos mulçumanos, não prega a violência nem discriminação. Mas isso é só no papel, na prática a coisa é totalmente diferente. Haja vista o que sucede nos países de maioria mulçumana, onde as mulheres têm sua liberdade e direitos violados ou cerceados.
« Je ne suis pas Charlie. Savez-vous pourquoi? Parce que je ne suis pas fanatique. » « Eu não sou Charly. Sabem porquê? Porque eu não sou fanatico. »
Charlie, se bom judeu, deveria dar bom exemplo da sua origem e religião, e não provocar o ódio de fanáticos extremistas. Violência gera violência. Então ele deveria promover paz e harmonia através das páginas do seu jornal irreverente. Pois, por fazer o contrário, sofreu o que poderia ter sido evitado, a sua morte.
Ainda que milhões possam se ter solidarizado com ele ou eles, os vitimados na chacina, isso não vai trazê-los de volta. Melhor seria que todos tomassem o episódio como exemplo e não repetissem o mesmo, a fim de não criar um clima de histeria global e de retaliações de ambas as partes.