CRONIQUETA PARA AS MINHAS DUAS SOGRINHAS

Tive sorte ao me casar.

Minhas filhas tiveram pais (de sangue e de empréstimo), ambos gostavam de inventar brincadeiras e conviviam melhor no universo mágico das crianças do que no mundo prático dos maduros. Isso sempre me cativou, a vida segue mais leve quando o parceiro traz ludicidade nos gestos. Mas que sorte foi esta? Encontrar, por duas vezes, companheiros tão criativos e arteiros!?

Ao apresentar minha caçulinha para a terceira vovó eu descobri “tive a sorte de partilhar a vida com dois parceiros divertidos graças as minhas sogrinhas”; eles têm, em comum, mães alfabetizadoras que largavam a vassoura para inventar jogos, contar histórias, dar explicações engraçadas, compor musiquetas e, neste universo divertido, ensinavam a ler, contar, somar, dividir, interpretar, declamar e rir...

Sou grata as minhas duas sogrinhas, que além de cozinharem um feijãozão escandalosamente saboroso, presentearam ao mundo e a mim com seus filhos Chaplianos, Trapalhões, Patatis...

Juliana Canezim 2020 (porque algumas declarações precisam ser feitas antes do futuro chegar)