O ano velho continua
O tempo é um “continuum”, assim é 2014 que continua ininterrupto; cada átimo constituindo um todo indivisível; como se fosse um só fio, sem corte, de um novelo que se desenrola até a eternidade... Como divide e mede o espaço, o homem fraciona o tempo para mensurar sua existência, para situar quando tudo aconteceu; se foi antes ou depois dessa ou daquela circunstância, definindo o tempo como uma convenção do homem do que acontece entre um antes e um depois; coisa que não faz a pedra de Carlos Drummond: ela não nasce, nem cresce, nem aniversaria, nem morre, tampouco pensa sobre sua existência. Então, por que essa analogia de envelhecer o tempo em dezembro e em janeiro rejuvenescê-lo, noticiando-o nos jornais travestido de criança com a chupeta na boca? A pedra filosofal nos responde: O tempo não morre nem renasce, ele continua...
Nesse contexto, observo que, a cada dia, desvaloriza-se o tempo passado, como ele deixasse de existir. Quem carrega alguma mágoa contraída no passado sempre pretende apagá-lo, inclusive encerrando qualquer conversa sobre esse assunto: “O que passou, passou”... Ora, ontologicamente, não se pode passar a borracha no tempo. Se o caro leitor contou o tempo da sua idade e diz ter cinquenta anos, quem seria você sem os seus 47? Logicamente uma criança de três anos, sem a experiência e o conhecimento adquirido no tempo que passou. O tempo é muito mais longo do que um enorme edifício onde e quando você passa do 2014º andar para o 2015º, sem precisar destruir os andares anteriores que dão alicerce e fundamento aos pavimentos posteriores; caso contrário, tudo cairia por terra, tornando-se assim o futuro sempre o reinício de tudo...
O utilitarismo de Jeremy Bentham (1748 – 1832) e de John Stuart Mill (1805 – 1873) não vem sendo “coisa do passado”, mas do presente, uma doutrina que promete felicidade conquistável pelas ações egoísticas que visem prazer e utilidade individual, trazendo sequelas: desrespeito aos idosos considerados inúteis e demolição do patrimônio que dê menos lucro... Não se deseja acabar a divisão do tempo em minutos, horas, dias, semanas, meses e anos; nem tampouco estragar sua festa do “Ano Novo”: roupa branca, peru, champanha e fogos de artifício. Porém, que ninguém suprima o tempo que passou; sem o passado, o caro leitor perderá sua identidade. Quem é você sem o passado? Provavelmente apenas o agora desse 2015.
O tempo é um “continuum”, assim é 2014 que continua ininterrupto; cada átimo constituindo um todo indivisível; como se fosse um só fio, sem corte, de um novelo que se desenrola até a eternidade... Como divide e mede o espaço, o homem fraciona o tempo para mensurar sua existência, para situar quando tudo aconteceu; se foi antes ou depois dessa ou daquela circunstância, definindo o tempo como uma convenção do homem do que acontece entre um antes e um depois; coisa que não faz a pedra de Carlos Drummond: ela não nasce, nem cresce, nem aniversaria, nem morre, tampouco pensa sobre sua existência. Então, por que essa analogia de envelhecer o tempo em dezembro e em janeiro rejuvenescê-lo, noticiando-o nos jornais travestido de criança com a chupeta na boca? A pedra filosofal nos responde: O tempo não morre nem renasce, ele continua...
Nesse contexto, observo que, a cada dia, desvaloriza-se o tempo passado, como ele deixasse de existir. Quem carrega alguma mágoa contraída no passado sempre pretende apagá-lo, inclusive encerrando qualquer conversa sobre esse assunto: “O que passou, passou”... Ora, ontologicamente, não se pode passar a borracha no tempo. Se o caro leitor contou o tempo da sua idade e diz ter cinquenta anos, quem seria você sem os seus 47? Logicamente uma criança de três anos, sem a experiência e o conhecimento adquirido no tempo que passou. O tempo é muito mais longo do que um enorme edifício onde e quando você passa do 2014º andar para o 2015º, sem precisar destruir os andares anteriores que dão alicerce e fundamento aos pavimentos posteriores; caso contrário, tudo cairia por terra, tornando-se assim o futuro sempre o reinício de tudo...
O utilitarismo de Jeremy Bentham (1748 – 1832) e de John Stuart Mill (1805 – 1873) não vem sendo “coisa do passado”, mas do presente, uma doutrina que promete felicidade conquistável pelas ações egoísticas que visem prazer e utilidade individual, trazendo sequelas: desrespeito aos idosos considerados inúteis e demolição do patrimônio que dê menos lucro... Não se deseja acabar a divisão do tempo em minutos, horas, dias, semanas, meses e anos; nem tampouco estragar sua festa do “Ano Novo”: roupa branca, peru, champanha e fogos de artifício. Porém, que ninguém suprima o tempo que passou; sem o passado, o caro leitor perderá sua identidade. Quem é você sem o passado? Provavelmente apenas o agora desse 2015.