O conhecimento

O conhecimento, por mais profundo que seja, redunda em nada se não houver imaginação. Precisa a mente se entregar inteiramente ao seu trabalho, na exploração livre de todo o campo proximal para que o seu ensejo possa se manifestar. Neste trabalho, no entanto, é preciso que haja silêncio, pois ele é a terra fértil onde o poder vai criar as suas raízes.

Quando me refiro ao poder, não é o ordinário como é conhecido no nosso mundo de quimeras, mas o real, aquele que brota do espírito. Este poder nos conduz através dos tempos e nos livra de todo o mau. Há uma sutil diferença entre vencer o mau e destruí-lo, por que nada no universo é totalmente mau. Shiva destrói a matéria para que o novo possa se manifestar.

O pensamento, quando utilizado como instrumento da vontade do espírito tem a capacidade de criar e executar trabalhos profícuos, mas quando é repetido inconscientemente por uma mente inerte, pode trazer malefícios difíceis para todo o coletivo, tornando-se inútil e destrutivo.

Conhecer é saber com propriedade. O homem que conhece, sabe e precisa utilizar este conhecimento de forma inteligente e bem dirigida, senão o seu conhecimento se volta contra ele mesmo, formando crostas em sua mente, dificultando o seu entendimento. Passando a ser uma força impeditiva de atuação e absorção de novos conhecimentos e expansão mental.