A Estrela que caiu do Céu
 
Lamúrias...
Reclamações...
Xingamentos...
 
Passou a vida contabilizando amargura, raiva, ódio, amores... frustrados. Tudo colocando no débito da conta do outro:
 
O outro não correspondeu ao amor.
O outro não soube valorizar.
O outro não deu o apreço.
O outro não deu o afeto.
O outro não deu o abraço.
O outro não deu o beijo.
 
Beijo? Só os da traição.
Abraço? Só o do sufocamento.
Amor? Inexiste.
 
Se deixar de fazer foi porque o outro impediu, justifica-se a si mesmo.
E assim neste cansaço do desgosto foi macerando os sentimentos em angústias e lamentos. Nada resolveu e ninguém suportava a melancolia em pessoa daquele ser.
***
Até que do céu caiu uma estrela naquele coração e a luz mostrou que
a amargura  azeda;
a raiva  cega;
e o ódio é o próprio opróbrio.
Foi quando então,
a alegria renasceu;
o rosto se iluminou;
a sombra se desfez;
e ao outro deu crédito:
 
O amor se fez sinceridade;
O valor foi contabilizado;
O outro está acima do preço, porque se ganha e não se compra.
 
Como brinde ganhou afeto, abraço e beijo.
***
A solidão é só opção e não estado de permanência.
O agradecimento é forma de aproximação.
A simpatia é a ponte entre as pessoas.
 
E a Estrela que caiu do céu a tudo renova para um novo recomeço.
Todo dia é novo.

Um ANO NOVO está surgindo...
 


 
Leonardo Lisbôa
Barbacena, 01/01/2015.
 
Leonardo Lisbôa
Enviado por Leonardo Lisbôa em 01/01/2015
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