Crônica: 2015 - O Feliz Ano Novo das Vidas Pregressas...

Hoje eu poderia discorrer sobre o que esperamos do futuro e o que deixamos feito, desfeito, dito e desdito nos últimos tempos. Seria mais um texto reflexivo sobre as novas promessas entre o ano que se encerra e um novo tempo que se inicia. Mas um compêndio de bobagens lemos aos montes no ciberespaço e não é esta a minha intenção. Pelo menos por ora, com certeza não.

Acho que como o tempo é uma questão fundamental para a nossa existência e, contudo, não sabemos bem como definir tempo e nem espaço-tempo. Muito menos tempo histórico. Sabemos trivialidades sobre temporalidade ou até a gestão cronológica do tempo que calculamos nos ponteiros do relógio.

Aqui vou supor que não sendo apenas baseado somente na realidade material perceptível, a forma como contamos o tempo também pode ser visivelmente influenciado pela maneira suscetível como a vida é compreendida na dialética histórica. Nossas escolhas não definem nossa trajetória em horas, minutos, dias semanas, meses, anos, séculos, milênio, eternidade. Estamos além e aquém disto tudo. Somos seres atemporais.

Dada a exiguidade e a miséria do tempo, estamos fadados a recolher as migalhas de uma eternidade petrificada num segundo fugaz da existência. Se fizemos certo ou errado e sem podermos experimentar as respostas em universos paralelos como rios congruentes que correm lado a lado, nunca saberemos as assertivas ou similaridade das alternativas que tivemos. Se é que realmente foram tangíveis.

Mas peço, encarecidamente, aquiescência ao repensarmos nas redundantes admoestações de 2014. E sejamos prudentes na correção ou quando nos esquivarmos da repetição dos equívocos da vida pregressa. Esta é a hora mágica de descobrirmos a quintessência da vida. Que no próximo ano quebremos tabus e paradigmas, que extirpemos dos nossos corações cada pensamento ruim, cada atitude deplorável e cada palavra execrável que proferimos contra a natureza de alguém. Que venha em 2015 mais humanidade na psique e dias ensolarados para dissipar o lado sombrio que é - senão - a temeridade dolosa e superlativa do nosso alter-ego.

Feliz 2015 à Todos!

Arquiduque de Ignaros
Enviado por Arquiduque de Ignaros em 31/12/2014
Reeditado em 03/01/2015
Código do texto: T5086862
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