2015, ano de mudança

Quando se fala em mudança e há desejos nesse sentido, se nos vem a mente mudança para melhor. Entretanto, e apesar de esse ser o que eu desejaria também, as expectativas não são nada boas. A maioria vai correr mais, mas não nos logradouros públicos, e, sim, atrás da mola que move o mundo, dinheiro, já que este é o principal objetivo de quem quer mudar para melhor a sua vida.

Na expectativa de melhora-la, a maioria fará preces e “simpatias” na virada do ano, com o fim de conseguir elevar a sua situação financeira. Pois pensa que isso possivelmente lhe propiciará atingir os seus anseios e metas.

Muitos filhos completarão maior idade e desejarão deixar lençóis e fraldas usadas na cama que dormiam na casa dos pais, por lençóis e roupas novas e com alguém também novo, pelo menos na sua cama. Pensa que isso será o começo de um novo tempo para si. Outros, que já completaram a maior idade, mas ainda não se independeram na vida, continuarão a acalentar o sonho de se independerem, embora pouco tenham feito para isso, e, por isso, terão que depender das pensões dos pais ou da aposentadoria destes para se manter e também a prole que já arrumou e que está sendo criada com a ajuda dos “velhos”.

Outros tantos correrão para as agências de emprego, buscando uma colocação no mercado de trabalho, ou, saindo da formação que conseguiu obter nas instituições de ensino, estágio para se inserir nele.

Mas a mudança que funcionaria como linha mestra para que esses anseios e desejos pudessem ser cumpridos está seriamente ameaçada, a saber, a economia do país. Os homens que estão nos postos chaves da economia, e que prometiam melhoria para o ano findo, já não mais garantem melhorias nem para o próximo. E se desculpam, como sempre, na economia dos EUA ou na mundial. E por isso serão mudados por outros, os quais farão novas promessas.

Este ano será de mudanças, promete o governo, a saber, arrocho; diminuição de vantagens aos assalariados; aumento da carga tributária; das contas de serviços públicos, como energia e combustível; aumento das mensalidades escolares acima da inflação; e até o aumento astronômico na cobrança de multas de trânsito, etc.

Que fazer, então? Conter gastos, adiar reformas, mudar de escola, vender o carro importado e adquirir um nacional, de menor custo de manutenção; adiar o plano de viajar para o exterior; ou de fazer um cruzeiro, etc. Isso tudo também fará parte do plano para não ficar no vermelho e ter que arcar com custo financeiro que possa sacrificar o orçamento doméstico no médio e no longo prazo.

Para garantir os próprios salários, os poderes políticos, da justiça e do executivo, já providenciaram a elevação dos próprios salários, a fim de não sofrer como os demais mortais, que vivem entre o baixo nível de pobreza e a maioria dos assalariados.

Bem que eu gostaria de fazer votos de muita prosperidade para todos e de felicidade geral da nação. Entretanto o quadro que se descortina no horizonte não deixa margem para isso.

Aqueles que forem sensatos não correrão atrás de ganhos fáceis, como drogas e jogos. Pois isso só faz concentrar dinheiro nas mãos de uns poucos e concorrer para a desgraça de muitos.

É tempo de buscar se sair bem na administração da economia doméstica, coisa que o pobre brasileiro sabe melhor que os economistas de plantão. Tempo de mudanças, inclusive de hábito alimentar, a fim de depender menos dos serviços públicos de saúde, bem como dos caros particulares.

Minha recomendação final: Abra o olho e feche a boca. Se reeduque, não só no modo de se alimentar, mas no de gastar. Boa sorte na empreitada que lhe espera neste ano que se inicia.

Oli Prestes

Missionário

(093) 99190-6406