ANO NOVO COM PAULO E FRANCISCO
Prof. Antônio de Oliveira
antonioliveira2011@live.com
Acho uma boa pedida, e um bom pedido, iniciar o ano com S. Paulo, pois falasse eu as línguas dos homens e dos anjos, e não tivesse amor, seria como o metal que soa. Ou como o sino que tine. Nada seria. Nada seria...
Tivesse eu o dom da profecia, e toda a ciência, de tal maneira que transportasse montanhas, mas não tivesse caridade, nada seria... nada seria...
Distribuísse bens aos pobres, mas interessadamente, e não tivesse caridade, pois visando ao custo-benefício em votos, nada seria. Nada seria...
Também, neste início de ano, vale uma releitura, em prosa, dos versos ecumênicos de São Francisco:
Senhor, fazei-me, mais do que nunca, um instrumento de vossa paz. Ah! A Paz. Vingança e violência se veem por aí, escancaradamente, nas novelas de televisão e nas novelas da vida real. Assim:
Onde houver ódio, que eu leve o amor.
Onde houver ofensa, que eu leve o perdão.
Onde houver discórdia, que eu leve a união.
Onde houver dúvida, que eu leve a fé.
Onde houver erro, que eu leve a verdade.
Onde houver desespero, que eu leve a esperança.
Onde houver tristeza, que eu leve alegria.
Onde houver trevas, que eu leve a luz.
Ó Mestre, fazei que eu procure mais consolar que ser consolado;
compreender que ser compreendido; amar que ser amado.
Pois é dando que se recebe. Nessa altura, nossos políticos cometem um sacrilégio. Falsificam esse verso imprimindo-lhe o caráter de barganha: Toma lá, dá cá seu apoio. Também comete sacrilégio quem incendeia matas e florestas poluindo o presépio de S. Francisco, patrono e aliado da natureza. Meu irmão Sol! Minha irmã Lua! Minha irmã Água.
E é perdoando que se é perdoado. Assim se vive o milagre da vida e, morrendo, se aceita o mistério da morte. Neste ano, certamente muitos nascerão para a primavera da vida, outros morrerão antes de se adentrarem pelo outono da existência. Ciclo que continua e se renova. Queira Deus tenhamos um ano feliz, de menos injustiças, de menos corrupção.