HOMENAGEM AO Pe. DOMINGOS
HOMENAGEM AO Pe. DOMINGOS
"De saudade se vive, / de saudade
se morre. / Eu não quero morrer de
saudade. / Eu quero viver / esta
saudade imensa / que sinto de você"!
SÔNIA BARRETO
(trecho de "Jardim da Saudade",
poesias, Ed. A NOITE, Rio, 1955)
Escrevo num domingo de tarde, 21 de dezembro de 2014, sobre o Pe. Domingos ........, diretor do SMSVP - Seminário Menor nos anos 60, quando lá estudei, em Araucária, perto da capital do Paraná. Infelizmente, acabo de saber que faleceu em 2009, após um período com grave doença. Sonhava eu poder lhe confessar que o prazer que tenho em escrever, em registrar no papel emoções e pensamentos, surgiu a partir de suas palestras dominicais, recontando de forma magnífica romances épicos como QUO VADIS? ou BEN-HUR e aventuras fantásticas extraídas das obras de Júlio Verne e Alexandre Dumas.
Não me lembro do padre Domingos dando aulas, como diretor provavelmente não o fazia. Porém, não dispensava as reuniões de domingos à noite no amplo salão de estudos, no segundo andar do prédio dos dormitórios. O que parecia obrigação se transformava em prazer, os olhos sonolentos se abriam e os ouvidos atentos bebiam as palavras iniciais de mais uma aventura mirabolante narrada com maestria pelo sacerdote com dons de hipnotizador.
A distância e o tempo nos separaram e, agora, a "Maldita das gentes" deu sua última cartada. Penso que a tal imortalidade seja exatamente esta perene lembrança que levamos de pessoas que nos impressionaram, cuja figura e feitos vamos propagando vida a fora, para quantos queiram ouvir.
"Requiescat in pace", meu bom Pastor, hoje contando histórias no paraíso, sentado à esquerda do Pai... ou ali por perto! Grato pelo belo exemplo de pessoa, padre e professor que o Sr. foi para tantos alunos do Seminário Menor.
"NATO" AZEVEDO (escritor e compositor) - 21/12/2014
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IRMÃO, AMIGO, PAI
Enfim, Padre Domingos descansa em paz!
O homem que sobre a Terra só fez o bem
não deixou uma só mágoa em ninguém,
lindas recordações a nós todos traz.
Destino comum, um dia a gente vai!
Mas se, aqui, essa grande estrela se apaga,
eis que um novo sol brilhante nos céus vaga...
um padre-irmão, belo amigo, grande Pai !
Partiu, "pagando a cota" de sofrimentos.
Se foi, sem dar gemidos nem ter lamentos,
nos deixando seu exemplo e esperança.
DOMINGOS, como êle, só poucos Deus faz
e domingos, como aqueles, nunca mais...
sua imagem nos será terna lembrança !
"NATO" AZEVEDO -- 21/dez. 2014