RETRATO URBANO.
Num seio exposto um menino lânguido.
Um homem trôpego numa bermuda rota.
Na meia-garrafa de pinga quatro mãos digladiam por alguns goles.
Junto ao resto de marmita a mulher dormita, enquanto, sua direita, afasta uma barata robusta.
O menino chora fraquinho.
O cachorro late, às soltas,
Os homens resmungam e a barata se assusta, atônita, larga o repasto. Tentando fugir do quadro é desbaratada. Entanto, todos riem da grotesca situação do triste inseto até o vira-lata balança o rabo.
Na rua, as gentes e agentes indiferentes.
Sob o viaduto àqueles - Representações humanas num retrato urbano.