Quando sou criança

O tempo voa, e quando era criança costumava imaginar o dia de hoje como num futuro que demoraria muito chegar...

Imaginei entrar numa faculdade, mesmo sem saber do que se tratava, disse uma certa vez que ao me formar, voltaria para a escola, e faria tudo de novo, tal qual por gostar das salas de aula...

Quando criança adorava ouvir a música “estrelinha do infinito” música sertaneja das antigas...

Depois de tanto tempo, provei do mais doce, e o mais amargo sabor, deixei meus prazeres artisticos para viver os prazeres da carne, e hoje retorno no mais humilde ato...

Folhas de papel desenhados, tal como toda criança, e rabiscada, alguns nunca mais reconstituirei...

Tempos depois escrevi os mais longos e belos textos, Toque música, como gente grande, e não é que aprendi física?

Apenas decorei, pois hoje não recordo , talvez o desuso me fez caí-lo no esquecimento.

Quando era criança adorava um pequeno desenho, ou cantigas debaixo de uma goiabeira...

Hoje, quando sou criança, adoro um sorriso engraçado, volto às folhas de sulfite em branco e as deixo pensamentos de vidas, algumas vezes em letras, outras em imagens...

Logo, num quarto secreto, tiro notas desafinadas de um violino avermelhado, ou estou encontrado às zero horas lendo um livro mofado, e depois, de cara num caderno azulado.