Jesus é quem me dá o pão da vida

Era manhã e já se passaram alguns dias, de lá para cá. Recordo-me de que estava participando da consagração, na igreja, quando, porém, na hora da intercessão ao me colocar de pé, no círculo, de mãos dadas com as irmãs, dirigi meu olhar para meus pertences, na direção onde os  pusera em cima de um banco de madeira. Sem esperar , vi uma imagem, de longe, instantaneamente e de relance, próximo aos livros: era um pão francês de tamanho médio, maior que o habitual. Mostrava estar fresquinho, pude enxergá-lo bem, pois o contemplei inteiramente ao lado das coisas sobre lugar nenhum, porque era uma visão.
Numa aparição sobrenatural, se enxerga aquilo que não existe, no lugar onde não está. Tive a sensação de que alguém pusera aquele mantimento ali, como faz um amigo leal, quando prepara algo querendo lhe agradar e o entrega para levar consigo de recordação. Sabia sem ninguém me falar nada, que fora preparado e deixado ali e quando terminasse a oração, eu poderia levar de presente comigo.
Parecia crocante e saboroso, do jeito que eu gosto. A reunião terminou, vim embora e só agora relembrei da situação. Passei a refletir sobre o jeito como aquele maná desceu gentilmente do céu. Disso conclui que Deus se comunicou comigo, demonstrando que estava sabendo das minhas necessidades, embora eu não percebesse que Ele já tinha respondido, e, insistentemente, estivesse pedindo  a sua divina companhia, sem cessar.
Naqueles dias, eu andava absorta, por causa de meros sentimentos cotidianos, e terminei dando pouca importância à mensagem tão carinhosa, enviada do alto. Perdi a bênção? Não, não perdi, porque me fora entregue por Jeová. Nem as pessoas e nem o tempo conseguem tomar o que Ele dá. Hoje, ao participar da ceia do Senhor, fiz uma associação com o que tinha ouvido na pregação desse culto matinal: ter visão para além do aparente. Assim me veio a busca da compreensão semiótica do que ocorrera ,ao procurar a significação que o pão tem para mim, descobri que: como fonte material, ele me representa sustento para o corpo ,e como um bom feito do criador, conota herança espiritual.
Eu sempre tive com o pão uma relação de reverência, ligando a existência desse gênero à bondade divina. Ter pão na mesa é um benefício da terra e sinal da providência  divina. O cristão “firmado na rocha” aprendeu a olhar Deus em tudo o que lhe confere experiência. Este é o seu ato de fé, a crença de que o Senhor usa tudo para lhe responder ou mostrar algo, constantemente. Por isso, conclui ao visualizar o alimento, que ele trazia uma forte  mensagem: pão representa o corpo de Cristo, o pão é a salvação, presente na geração de milhares de pessoas, o pão é a palavra, no sentido bíblico, trabalhamos para termos pão, para obtermos energia, para conseguirmos sobreviver e vencermos muitas guerras para defender o pão da subsistência.
No âmbito da prática evangélica, A palavra hebraica “lehem” (pão) significa um belo banquete espiritual, a benção de Deus multiplicada, possibilitando poder para doar pão ao semelhante.
Quando o ingerimos, na celebração da ceia, anunciamos a morte de Jesus Cristo, até que Ele venha. Um elemento sagrado para os fiéis, presente nas comemorações da religião judaica. Foi assim assinalado, quando os israelitas que eram escravos do Egito foram libertados e  partiram daquela terra. Esse povo de Israel, ao caminhar faminto, pelo deserto,na sua peregrinação, recebeu um maná do céu, enviado em forma de farinha branca, que as famílias transformavam numa abençoada e rica iguaria.
O pão que Deus mandou me entregar é meu mantimento espiritual que me sustenta para viver, é a força que me acompanha no caminho, sempre depois de tomar o pão e de beber o cálice na Ceia. Ele é Jesus, o pão da vida que me revitaliza na gloriosa aliança.
Cida Maia
Enviado por Cida Maia em 15/12/2014
Reeditado em 15/12/2014
Código do texto: T5070767
Classificação de conteúdo: seguro
Copyright © 2014. Todos os direitos reservados.
Você não pode copiar, exibir, distribuir, executar, criar obras derivadas nem fazer uso comercial desta obra sem a devida permissão do autor.