PENSAMENTO - do Destino Vário dos Vermes e das Flores
Um lindo pensamento de Jean Yves Leloup, escritor, PHD em Psicologia Transpessoal, filósofo e sacerdote:
"Nós escutamos o barulho do carvalho que cai, mas não escutamos o barulho da floresta que cresce. Hoje, fala-se muito das coisas que estão desmoronando, que fazem barulho, mas o importante é aquilo que não se ouve, é preciso prestar atenção às sementes de consciência que estão brotando."
Um pensamento muito simples, mas tão difícil de se por em prática! Agorinha mesmo tive um pequeno aborrecimento por focar no carvalho que caiu e naquilo que vive desmoronando, e depois tentando reconstruir-se através das próprias ruínas. Alguém que tenta erguer-se através daquilo que rouba dos outros: a paz. Acho que quase todos temos essa mania de prestar atenção ao barulho que essas criaturas fazem. Por que?
Tem gente que tem vocação para a infelicidade, para a mentira e para a intriga. Nada se pode fazer por pessoas assim. Vivem do passado. Grudam-se nos defeitos alheios e alimentam-se deles. Ficam sempre à espreita, tentando pegar alguém em erro - e quando não conseguem, inventam histórias e provocam até que a pessoa caia, descendo ao nível delas, para que possam, enfim, apontá-la e gritar: "Eu não avisei?"
É preciso aprender a focar no barulho da floresta que cresce. Os vermes que se arrastam pelo chão alimentam-se do que é morto, e vivem do que é podre. Precisam daquilo que as árvores e plantas soltam, e de outros animais mortos. Dentro do coração dos vermes não há nada. Eles nascem se arrastando sobre a sujeira, vivem se arrastando sobre a sujeira e depois viram sujeira, e são comidos por outros vermes. Não conhecem outro tipo de vida. Nem mesmo olhos eles tem. Por que prestar atenção a eles?
Todas as criaturas tem mais ou menos a mesma origem e o mesmo destino, mas não são iguais em todos os aspectos; as flores e os vermes são diferentes uns dos outros. Enquanto as primeiras exalam perfume e cor, os últimos só falam das suas frustrações, e apontam para os que não rastejam como eles, acusando-os de tudo o que de ruim lhes acontece, perseguindo, expondo, tecendo mentiras... por que não aprendo a ignorar esses vermes?
Melhor prestar atenção a quem tem cor e perfume. Melhor aproveitar aquilo que eu tenho de bom na minha vida - e são muitas coisas, graças ao Bom Deus.
Esses vermes são cheios de ilusões a respeito de si mesmos. Acham-se pássaros. Acham-se luas e estrelas. Acham-se especialmente talentosos e inesquecíveis. Acham-se cheios de brilho e de luz. Não se cansam da pobre tarefa de compararem-se aos outros e fingir que são bem melhores. Vivem na ilusão do brilho e do sucesso que não possuem e nunca possuirão, pois falta-lhes talento.
Ah, mas cá estou eu novamente falando das coisas que estão desmoronando, dos carvalhos que caem!
Mas vou fazer de tudo para melhorar. Farei o possível para que esta seja a última vez. Mesmo que este verme continue a alimentar-se do meu nome, pois jamais será capaz de alimentar-se daquilo que ela mais deseja: a minha alma, o meu espírito.
Um pensamento muito simples, mas tão difícil de se por em prática! Agorinha mesmo tive um pequeno aborrecimento por focar no carvalho que caiu e naquilo que vive desmoronando, e depois tentando reconstruir-se através das próprias ruínas. Alguém que tenta erguer-se através daquilo que rouba dos outros: a paz. Acho que quase todos temos essa mania de prestar atenção ao barulho que essas criaturas fazem. Por que?
Tem gente que tem vocação para a infelicidade, para a mentira e para a intriga. Nada se pode fazer por pessoas assim. Vivem do passado. Grudam-se nos defeitos alheios e alimentam-se deles. Ficam sempre à espreita, tentando pegar alguém em erro - e quando não conseguem, inventam histórias e provocam até que a pessoa caia, descendo ao nível delas, para que possam, enfim, apontá-la e gritar: "Eu não avisei?"
É preciso aprender a focar no barulho da floresta que cresce. Os vermes que se arrastam pelo chão alimentam-se do que é morto, e vivem do que é podre. Precisam daquilo que as árvores e plantas soltam, e de outros animais mortos. Dentro do coração dos vermes não há nada. Eles nascem se arrastando sobre a sujeira, vivem se arrastando sobre a sujeira e depois viram sujeira, e são comidos por outros vermes. Não conhecem outro tipo de vida. Nem mesmo olhos eles tem. Por que prestar atenção a eles?
Todas as criaturas tem mais ou menos a mesma origem e o mesmo destino, mas não são iguais em todos os aspectos; as flores e os vermes são diferentes uns dos outros. Enquanto as primeiras exalam perfume e cor, os últimos só falam das suas frustrações, e apontam para os que não rastejam como eles, acusando-os de tudo o que de ruim lhes acontece, perseguindo, expondo, tecendo mentiras... por que não aprendo a ignorar esses vermes?
Melhor prestar atenção a quem tem cor e perfume. Melhor aproveitar aquilo que eu tenho de bom na minha vida - e são muitas coisas, graças ao Bom Deus.
Esses vermes são cheios de ilusões a respeito de si mesmos. Acham-se pássaros. Acham-se luas e estrelas. Acham-se especialmente talentosos e inesquecíveis. Acham-se cheios de brilho e de luz. Não se cansam da pobre tarefa de compararem-se aos outros e fingir que são bem melhores. Vivem na ilusão do brilho e do sucesso que não possuem e nunca possuirão, pois falta-lhes talento.
Ah, mas cá estou eu novamente falando das coisas que estão desmoronando, dos carvalhos que caem!
Mas vou fazer de tudo para melhorar. Farei o possível para que esta seja a última vez. Mesmo que este verme continue a alimentar-se do meu nome, pois jamais será capaz de alimentar-se daquilo que ela mais deseja: a minha alma, o meu espírito.