Correntes
E veio serenamente deslumbrando a todos, destilou silenciosamente seu encanto a mim, viciando meus instintos carregados de orgulho, desfilando secretamente, mas nu aos meus olhos.
Bebida alucinógena, uma gota daquele veneno rico em fascínio foi demasiadamente frenético, meus sentidos eram seus e entorpecida em seus braços, sonhei profundamente.
A ponta dos seus dedos gélidos persuadiam minha pele de fogo, sua respiração me trazia sede insaciável. Quando encontrei aquele ser de olhos franzidos, me perdi inteiramente.
Me rendia ao seu efeito dominante, como prisioneiro sem redenção. Amanheceu e anoiteceu repetitivamente, mas seu gosto me acorrentou hipnoticamente, longe da luz do sol.
Eloquente nos seus gestos, cada movimento era uma entrega perfeita, apaixonantemente invasivo, não notou a reciprocidade daquele momento, e estava tão acorrentado como eu.