A QUEBRA DE VALORES
Aprendi valores, desde a infância, que fizeram de mim uma pessoa íntegra, honesta, respeitadora da ética e da moral. Meu pai dizia "Comprou, pagou. Se não puder pagar, não compre". Vi e vejo diariamente pessoas, e são muitas, que também incorporaram esses valores e vivem decentemente, como eu, mesmo à custa de grandes sacrifícios. Na minha boa fé, pensei que esses valores, por se constituírem quase um manual de normatização da confiança e do respeito nas relações sociais, seriam permanentes. Ledo engano! É triste e extremamente preocupada que assisto hoje (e não vem de hoje), certos segmentos políticos e sociais pisotearem e, literalmente, esmagarem os valores, jogando no lixo o que cidadãos de bem introjetaram das gerações passadas. Choro hoje e sei que milhões de pessoas, no Brasil, choram também. Nunca pensei viver para assistir este crime explícito dos valores que, tenho certeza, não serei eu apenas a levar comigo esta desilusão e esta indignação até o final dos meus dias. Porque, apesar de tantos maus exemplos, não nos deixamos corromper.
O que me preocupa, sim, são os jovens, os adolescentes e as crianças formando sua personalidade neste mar de lama. Que valores formarão eles num País onde bandidos do colarinho branco estão diariamente na mídia, sendo indiciados, presos e soltos, saindo dos presídios rindo e abanando para as câmeras como se heróis fossem? São esses os heróis que estão substituindo a Turma da Mônica e o Chaves, na memória de nossas crianças? Que geração estamos formando, onde mentir, enganar, roubar e não pagar se tornou completamente normal?
Giustina
(imagem Google)Aprendi valores, desde a infância, que fizeram de mim uma pessoa íntegra, honesta, respeitadora da ética e da moral. Meu pai dizia "Comprou, pagou. Se não puder pagar, não compre". Vi e vejo diariamente pessoas, e são muitas, que também incorporaram esses valores e vivem decentemente, como eu, mesmo à custa de grandes sacrifícios. Na minha boa fé, pensei que esses valores, por se constituírem quase um manual de normatização da confiança e do respeito nas relações sociais, seriam permanentes. Ledo engano! É triste e extremamente preocupada que assisto hoje (e não vem de hoje), certos segmentos políticos e sociais pisotearem e, literalmente, esmagarem os valores, jogando no lixo o que cidadãos de bem introjetaram das gerações passadas. Choro hoje e sei que milhões de pessoas, no Brasil, choram também. Nunca pensei viver para assistir este crime explícito dos valores que, tenho certeza, não serei eu apenas a levar comigo esta desilusão e esta indignação até o final dos meus dias. Porque, apesar de tantos maus exemplos, não nos deixamos corromper.
O que me preocupa, sim, são os jovens, os adolescentes e as crianças formando sua personalidade neste mar de lama. Que valores formarão eles num País onde bandidos do colarinho branco estão diariamente na mídia, sendo indiciados, presos e soltos, saindo dos presídios rindo e abanando para as câmeras como se heróis fossem? São esses os heróis que estão substituindo a Turma da Mônica e o Chaves, na memória de nossas crianças? Que geração estamos formando, onde mentir, enganar, roubar e não pagar se tornou completamente normal?
Giustina