O AMANHÃ NÃO TEM RESPOSTAS.

É uma condenação? Não, por vivermos – quem vive – no “Vale da Consciência tranquila”.

Seria uma decisão condenatória não ter as respostas perseguidas pela dúvida, se a tormenta invadisse nossa alma – pensamentos – com as agruras da condenação moral, se incidentes em desvios ficássemos longe das mãos da justiça dos homens.

Não há maior pena do que a pena moral, mesmo para os sem consciências ordeiras e presenciais. Ideais pensados salvacionistas - na crença de que fins justificam meios - e bons, não superam o humanismo com precisas e universais raízes no concerto histórico do que é simplesmente bom e todos identificam.

Nada e ninguém são tão indiferentes que não conheçam padrões regulares desejáveis. Podemos ficar ao largo, até cinicamente, dessas regras pacíficas visíveis a todos, mas como diz o popularesco, “um dia a casa cai”, sim, a casa cai, não existem pilares que sustentem por muito tempo uma péssima edificação.

Quando a pena moral vem à lume, mostra no rosto dos incorretos sua marca. Já não há lugar ou rincão onde esconder a vergonha que continua inexistente, mas aflorou fortemente e expurga o apenado moralmente do meio social.

O homem melhorou no curso da história, mas permanece ruim. Então não melhorou! Melhorou quando podia ter melhorado muito mais, enfatize-se, PODIA TER MELHORADO GIGANTESCAMENTE MAIS.

Arnold Toynbee, máximo historiador, dizia que talvez - duvidosa sua afirmação lançada com advérbio de dúvida, talvez - o homem em trezentos anos veja no próximo um irmão.

O amanhã não tem respostas temporais para o “quando?” o homem alcançará patamar de humanidade razoável. Se findou de forma legal, de alguma forma, na maioria das nações (visto de um ângulo genérico) o término da escravização humana, ela ainda persiste nos grandes centros com imigrantes inseridos em trabalho escravo caracterizado pela necessidade, fome e clandestinidade imigratória, e sob o âmbito religioso fundamentalista. E de outras variadas configurações, mas segredadas.

As mulheres, humanas como os homens, continuam tratadas como seres de segunda classe, em enorme gama de caracterizações, destaque-se que somente em trinta e quatro (1934) passaram a votar no Brasil, pela constituinte getulista, inspirada na Carta Política de Weimar.

Como se matam infâncias nas guerras da Palestina impunemente? Na realidade, é impunemente? Não, há uma catarse mundial, um sofrimento angustiante com essa desonrosa conduta humana, com raízes na barbárie mais primeva.

Já vi fotos de dezenas de crianças mortas, enfileiradas lado a lado no chão, seus corpinhos estendidos como a dormir em suas faces serenas, mas era o sono da morte quando eram pura vida e energia transbordante. Deviam estar em parques e folguedos, a brincarem, nos colégios aprendendo algo mais que não fosse a maldade humana, mas dormiam o profundo sonos dos que já se foram.

Quem são esses algozes, adjetivo em amplitude escasso para designar o mal? São os filhos do diabo, do rasteiro, do cão que assim procedem. E posam nas tvs como líderes de nações. Manifesto meu asco por essa gente, minha compreensão trabalhada não tem largueza para compreender o incompreensível. Isto para mim é incompreensível, matar a inocência. MATAR A INOCÊNCIA!!!!

Sim, não temos resposta para o amanhã, façamos o melhor que pudermos, é um sol diário que nos invade com suas luzes respirando limpeza, promovendo limpeza, se conduzindo limpamente, seria até uma esperteza ser limpo. Por quê? Por podermos respirar felicidade.

Já é uma boa resposta para o amanhã nosso e de todos.

Celso Panza
Enviado por Celso Panza em 06/12/2014
Reeditado em 07/12/2014
Código do texto: T5060561
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