LERO, LERO...PÁ DAQUI, PÁ DE LÁ

Recentemente participei de uma reunião que discutia a implantação da Agenda 21 Local, evento que contava com a participação de representantes dos mais diversos segmentos sociais. Logo no início a mediadora ressaltou a importância do debate, a riqueza de somar os mais diferentes pontos de vista, tudo muito bonito até o primeiro tema polêmico ser abordado.

As discussões se seguiram, mas o que me impressionou, como sempre, foi à dificuldade das pessoas em aceitar outras opiniões. A discussão podia ser resumida em uma das partes tentando dobrar a outra e vice-versa.

Essa reunião não foi em nada diferente de outras que já participei em escolas, comissões, e até mesmo, nas reuniões informais nos botecos da vida. A questão é: Para que discutir se não estou aberto para outra opinião?

Não que eu acredite que não devemos defender nossas idéias, longe disso, mas também não adianta nada nem ouvir o que o outro tem a dizer, e na maioria das vezes é isso que acontece, aliás, até se ouve, mas se ouve com má vontade, contrariando tudo o que está sendo apresentado.

Há muito tempo Igreja e sociedade discutem o uso da camisinha, países ricos e pobres discutem sobre economia e miséria, corintianos e são-paulinos discutem quem é melhor time, enfim, discussões que não tem fim, das quais não surge uma opinião de consenso.

O que realmente faz uma discussão ser construtiva é, se a partir dela, nascer uma nova proposta que contemple o que cada proposta original tem de melhor. Fácil né? Mas na prática a coisa é bem mais complicada, aliás: Eita humanidadezinha complicada!