Urgente

Eu preciso falar de saudade. Não sei, mas parece que as coisas se desprendem de nós quando falamos delas e acreditando devotamente nisso, por não ter outro caminho, eu definitivamente preciso falar de saudade. De repente, tenho olhado com outros olhos aquela velha rotina, e despedidas sempre me doem o estômago. Um lado meu quer entender o porquê de quando sinto aquela respiração dentro do meu abraço, é que me sinto em casa, o outro apenas deseja deixar de ser nômade sem precisar entender nada. Mas os dois desejam verdadeiramente sintonizar a memória naquela lembrança mais bonita. Será que você pode vir respirar perto de mim? Preciso vomitar estas borboletas.

Quando paramos de entender todas as despedidas como uma agonia, paramos de envelhecer à custa de coisas efêmeras. Mas, como não entender cada indício de saudade, como o instante da vida que precede a morte de algo em nós?

Marília de Dirceu
Enviado por Marília de Dirceu em 04/12/2014
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