Os ânimos estavam exaltados demais.
 
Após Dilma anunciar a saída de Mantega, durante a disputa eleitoral, nasceu uma inevitável apreensão e enorme desconfiança.
A conquista do segundo mandato não diminuiu a pressão.
 
Para ganhar credibilidade era fundamental a escolha ideal.
Se existissem os super-heróis, Dilma pediria a ajuda do Homem de Ferro. Com sua poderosa armadura e presença imponente, certamente essa seria a melhor opção.
 
No mundo real Dilma anunciou, firme e determinada, que Joaquim Levy assumirá o Ministério da Fazenda.
O mercado gostou, os economistas aprovaram, analistas consideraram a aposta da presidenta inteligente, a oposição freou o discurso venenoso habitual e a imprensa fez as notícias assustadoras sumirem.
Somente os petistas pouco flexíveis protestaram, porém esses jamais ficam satisfeitos. Sugiro não lhes dar atenção.
 
Definindo o enredo dessa história, que apenas revela as suas páginas iniciais, prevaleceu a fama de durão a qual acompanha Joaquim Levy, diluindo as tensões e deixando todos menos inquietos.
 
Dilma finalmente respirou serena.
Ela não poderia ter o Homem de Ferro, mas conseguiu convocar alguém que promete uma política econômica bem austera, contudo sem sustos, garantindo afastar ações arriscadas ou perigosas.
 
* Estamos torcendo para tudo funcionar muito bem.
Na sala de aula denominada Brasil, o primeiro teste já começou. Espera a professora que o principal aluno da turma não decepcione.
 
O país agradecerá se ele, o Levy de Ferro, confirmar a nota alta.
 
Um abraço!
Ilmar
Enviado por Ilmar em 04/12/2014
Reeditado em 04/12/2014
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