O dia em que a vassoura andou
Este fato aconteceu em um domingo à noite, mais ou menos às 22:30, não me lembro exatamente o ano.
Chegamos da Igreja Naide, eu e Rafael - ainda criancinha de colo – e, após entrar em casa, na Av Dr Sofrônio Portela, nº 4863 - Moreno/PE, acendi as luzes para, em seguida, colocar sobre a mesa da sala alguns objetos que estava carregando.
Quando me dirigi à cozinha em busca de água para beber, observei no canto da parede amarela da cozinha, próximo à porta de saída para o quintal, uma vassoura que se movia de um lado para o outro. Enquanto a ponta superior do cabo estava encostada no canto da parede, a parte de baixo, onde ficavam os “pelos”, se movia lentamente.
Chamei Naide com a voz baixa e um pouco embargada para lhe mostrar aquele fenômeno que acontecia: a vassoura andante.
Confesso que fiquei com os pelos dos braços e da nuca arrepiados por constatar esses fatos com meus próprios olhos. Estava completamente atônito e sem entender aquele fenômeno sobrenatural que ocorria bem diante de nossos olhos.
Mas exatamente nesse momento me enchi de coragem desmistificadora e peguei outra vassoura, que estava no outro canto da cozinha, e bati com violência na vassoura andante.
O fenômeno fora interrompido.
Para o alívio de todos, vimos, então, que havia um grande besouro mangangá se desenroscando dos pelos da vassoura, de forma que o besouro foi salvo e o nosso medo teve um teve fim.
Com o esclarecimento do mistério, o silencio que envolvia aquele lugar místico foi quebrado por fortes gargalhadas.
Eli Mota
03/12/2014