A CORRUPÇÃO NÃO ESCOLHE ROSTOS OU PARTIDOS
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Por que só o PT pode ser chamado de Ptralhas e os demais não, se todos os partidos políticos que assumiram a Presidência da República fizeram o mesmo? O PT, se quiser, poderá entrar para a história política do Brasil como o que acabou a corrupção!
De acordo com várias pesquisas históricas e constatações posteriores na prática, a história da Corrupção no Brasil teve início na colonização do país, passou pela época do império, alcançou à república e continuou em todos os governos e envolveu todos os partidos que estiveram no poder até os dias de hoje. Mas segundo depoimento do ex-diretor da Petrobras, Paulo Roberto Costa o esquema de propina e superfaturamento de obras públicas também se espalhou para todos os contratos feitos hoje no país e não escolhe partidos políticos e nem rostos de quem está no poder.
Publiquei na página pessoal (https://www.facebook.com/carlos.costa.33?fref=ts) a relação com o nome dos políticos que o ex-diretor da Petrobras se negou a revelá-los, para “não ficar em uma situação constrangedora”, mas que vazou de sua agenda, na qual detalhava tudo. Mas o que Paulo Roberto Costa revelou foi o esquema se intensificou desde o governo Sarney, com a conivência de indicações políticas de partidos e funciona agora com um “megaesquema” de corrupção em todos os setores e contratos. É isso que vem se mostrando e comprovando o “repórter sem rosto”, Eduardo Faustino, que percorre o Brasil desmascarando prefeitos de cidades pobres, povo carente, de difícil acesso por terra, por telefone, com internet de qualidade duvidosa e quase sem nenhum tipo de mídia que os denuncie nos esquemas corruptos.
“Nas rodovias, nas ferrovias, nos portos, nos aeroportos, nas hidroelétricas, isso acontece no Brasil inteiro. É só pesquisar, porque acontece” garantiu o ex-diretor de abastecimento da Petrobras, durante a acareação com o também diretor Nestor Cerveró. Mas Paulo Roberto Costa foi mais além e garantiu que ele não teria chegado aonde chegou, à diretoria de Abastecimento da Estatal no Governo Sarney, se ele não tivesse recebido apoio político e indicação para ocupar os cargos que ocupou. Citou os Governos Sarney, Collor, FHC e Lula como diretamente envolvidos em todos os esquemas de corrupção com obras.
Na acareação, ele não entregou os políticos que fizeram parte do esquema de corrupção com o dinheiro da Petrobras e riu quando perguntado sobre o assunto, respondendo que foram “dezenas”. Essas dezenas estão publicados por nomes e valores. O ex-diretor da Petrobras disse que isso vem ocorrendo desde a década de 1980, quando Tancredo Neves foi eleito no Colégio Eleitoral, faleceu e assumiu em seu lugar o vice José Sarney. Depois veio o Collor, Itamar Franco, Fernando Henrique Cardoso, Luiz Inácio Lula da Silva e continuou no Governo Dilma Rousseff, mas pode acabar também se a presidente decidir enfrentar mesmo a corrupção “cortando na carne, doa a quem doer”, como prometeu fazer depois de vencer a disputa contra Aécio Neves. Contudo a corrupção vem desde a época que o Brasil ainda era Colônia de Portugal, mas se sofisticou devido ao Estado extremamente burocrático, quando as pessoas públicas passaram a vender dificuldades para cobrar propinas disfarçadas de facilidades para se obter alguma coisa mais rapidamente.
O Estado brasileiro precisa ser menos burocrático, cobrar menos impostos e de forma simplificada, em vez de criar dificuldades e burocracias desnecessárias, só para vender facilidades em forma de corrupção. Com a eficiência e mais agilidade nas decisões em todos os aparelhos que formam o Estado, a tendência é a corrupção instalada hoje em gabinetes do mais alto ao mais baixo escalão dos Governos, vá se reduzindo gradativamente, até morrer de inanição. Caso contrário, continuaremos/ sendo testemunhas de escândalos e mais escândalos, principalmente em período eleitoral. Mas será isso acontecerá algum dia?
Talvez, porque o detalhado esquema de corrupção na diretoria da Petrobras, revelada pelo falecido jornalista Paulo Francis, e esclarecido com mais detalhes durante a acareação entre os dois ex-diretores da Estatal já está na mão de um juiz e do Ministério Público. Porém, para o deputado relator em exercício da CPI, Afonso Florence, do PTB-BA, “os dois têm posições conflitantes. A continuidade das investigações irã(o) (sic) apurar quem dos dois está mentindo”.