Foi sem querer querendo?

Foi sem querer querendo

Passava Chaves na hora do almoço. Depois passava de novo à tarde, na hora do lanche. Eram episódios diferentes, mas que eu já tinha visto algumas dezenas de vezes. Mesmo assim, via de novo. E ria de novo, muito. Isso quando eu tinha entre 5 e 10 anos de idade. Hoje, já com trinta, é um grande alento quando ligo a tv cansado do trabalho e vejo o amigo da vizinhança.

Não lembro da primeira vez em que assisti ao Chaves. Parece até que eu já nasci sabendo todos os episódios de cor. De cor, to know by heart, saber de coração. Assim como já sabia cada uma das músicas, desde a “se você é jovem ainda” até “boa noite vizinhança”. Eu e mais um monte de gente, como pude certa vez conferir num “Evento Chaves” em que eram exibidos episódios agora sim inéditos, os chamados perdidos, num auditório na UERJ.

E não são apenas os episódios e as músicas. Algumas frases dos personagens são praticamente um ditado popular para mim e para pessoas de minha família. São movimentos friamente calculados.

Gostaria de continuar esse texto, mas não consigo. Emocionando igual no episódio em que Chaves é acusado de ser o ladrão da vila. Só se foi porque roubou o coração de milhões de brasileiros. Não contavam com a astúcia dele. Isso isso isso.