Dia de Ação de Graças
Todos somos veganos quando assistimos à Fuga das Galinhas ou Procurando Nemo, mas, para alguns de nós, não basta o final feliz do filme.
Sábado passado foi dia do Músico e do Livro. Uma grande coincidência eu ter escrito, na véspera, sobre a dificuldade do artista em ser remunerado pela expressão de seu talento. Pena eu não ter me dado conta da data ou teria emendado uma homenagem.
Pra não bobear de novo, resolvi dar uma olhadinha no calendário antes de escrever. Tá lá: dia do Engenheiro Eletricista - viva o mano! -, da eliminação da violência contra a mulher, do doador de sangue e o famoso dia de Ação de Graças. Feriado! Uêba! Nos States. Aahh!
Se bem que, do jeito que este ano foi ruim de feriado, fosse aqui, teria caído num sábado, só pra irritar a gente.
Por outro lado, nem pelo feriado queria essa festa aqui. Sou vegana. Para mim, a ceia de Natal já é um exagero na matança de bichos e não me venham dizer que ninguém se importa com eles. Um dos rituais do dia de Ação de Graças lá na terra do Tio Sam é o "perdão", quando o presidente salva um peru do holocausto. Perdoar o quê? O ter nascido peru??
Ok, ok! Esta crônica está ficando meio panfletária.
Culpa dessas datas paradoxais, em que se celebra o amor de Deus, dando cabo de suas criaturas. Mas, vamos falar de outra coisa, senão você não volta mais aqui.
Pensei em encerrar este texto de um jeito engraçadinho, mudando radicalmente de assunto para depois, num repente, voltar ao discurso original, fazendo rir pela surpresa e pelo ridículo do raciocínio cíclico.
E isso me fez lembrar um episódio do Porta dos Fundos, onde um garçom faz de tudo para dissuadir um casal de clientes da ideia de pedir carne, leite ou ovos em sua refeição. O rapaz enumera os horrores da indústria alimentícia que trouxeram, até o cardápio, cada um dos pratos de origem animal cogitados pelos dois. Finalmente, eles se convencem a comer uma salada, para alívio do coitado que chega a esboçar um sorriso, logo convertido num muxoxo quando a moça pergunta:
- Tem de atum?
É... Difícil mudar hábitos. Difícil até mudar de assunto, mas, a gente chega lá.
Podemos falar, por exemplo, que hoje também ocorre o Black Friday! E agora vem com novidades anti "Black Fraude" e...
Pena que meu espaço acabou.
Pra não bobear de novo, resolvi dar uma olhadinha no calendário antes de escrever. Tá lá: dia do Engenheiro Eletricista - viva o mano! -, da eliminação da violência contra a mulher, do doador de sangue e o famoso dia de Ação de Graças. Feriado! Uêba! Nos States. Aahh!
Se bem que, do jeito que este ano foi ruim de feriado, fosse aqui, teria caído num sábado, só pra irritar a gente.
Por outro lado, nem pelo feriado queria essa festa aqui. Sou vegana. Para mim, a ceia de Natal já é um exagero na matança de bichos e não me venham dizer que ninguém se importa com eles. Um dos rituais do dia de Ação de Graças lá na terra do Tio Sam é o "perdão", quando o presidente salva um peru do holocausto. Perdoar o quê? O ter nascido peru??
Ok, ok! Esta crônica está ficando meio panfletária.
Culpa dessas datas paradoxais, em que se celebra o amor de Deus, dando cabo de suas criaturas. Mas, vamos falar de outra coisa, senão você não volta mais aqui.
Pensei em encerrar este texto de um jeito engraçadinho, mudando radicalmente de assunto para depois, num repente, voltar ao discurso original, fazendo rir pela surpresa e pelo ridículo do raciocínio cíclico.
E isso me fez lembrar um episódio do Porta dos Fundos, onde um garçom faz de tudo para dissuadir um casal de clientes da ideia de pedir carne, leite ou ovos em sua refeição. O rapaz enumera os horrores da indústria alimentícia que trouxeram, até o cardápio, cada um dos pratos de origem animal cogitados pelos dois. Finalmente, eles se convencem a comer uma salada, para alívio do coitado que chega a esboçar um sorriso, logo convertido num muxoxo quando a moça pergunta:
- Tem de atum?
É... Difícil mudar hábitos. Difícil até mudar de assunto, mas, a gente chega lá.
Podemos falar, por exemplo, que hoje também ocorre o Black Friday! E agora vem com novidades anti "Black Fraude" e...
Pena que meu espaço acabou.
Texto publicado na edição de 28/11/2014, no jornal Alô Brasília.