ESTRADAS
Outro dia conversando com amigos e amigas perguntaram-me se eu não ia escrever sobre estradas – pois fui de moto até o Sul do Brasil – respondi que tentaria. E cá estou a tentar.
Antes de falar das ‘estradas’ contarei o motivo dessa viagem: conhecer o Brasil, conhecer o mar – e antes que morresse! Imagine você com trinta e cinco anos e nunca ter visto o mar... Imaginou? Eu tinha trinta e cinco e era louco pra ver o mar, mas mais doido ainda pra uma aventura sobre duas rodas, de cara pra vento, e sozinho.
Peguei minha motoca – uma pequena estradeira (vamos dizer assim: uma 150 Sport, Honda) – porque eu e ela saímos e voltamos, graças a Deus, sem nenhum problema. Nenhum pneu furado, nenhum problema de motor, relação ou qualquer coisa... Vamos dizer que o meu relacionamento com ela foi perfeito! Formamos um trio: Eu, ela e Deus!
Saí de Araçatuba/SP por volta de dez horas da manhã, dormi em Curitba/PR – cheguei lá no início da noite: um pequeno hotel no centro da cidade me acolheu. Rompi pela manhã para o Sul. Santa Catarina: Balneário de Camboriu! Dormi aquela noite e as seguintes que lá passei na Praia dos Amores, ao lado da Praia Bravo – mar bravo mesmo. E sabe o que foi a primeira coisa que fiz quando coloquei os meus pés e mãos no mar? Levei um pouco de água à boca – realmente é salgado! Que maravilha de imensidão de águas! (Conheci outras praias também – andei de bondinho! Só me arrependo dessa viagem não ter ido numa praia de nudismo...)
De lá segui mais ainda para o Sul: Porto Alegre/RS – Canoas, que fica grudado na Grande Porto Alegre. Visitei um amigo. Fui a uma Igreja daquela região, agradeci a Deus por ter me dado aquela oportunidade maravilhosa! Lindas paisagens!
Comecei a subir: parei em Florianópolis. Hospedei-me por alguns dias na Baía da Conceição – e atravessei-a a bote! Conheci algumas praias, como a dos Ingleses e da Joaquina. Céus! Como é lindo o nosso Brasil!
E, para loucura ainda maior de um estradeiro: saí de Florianópolis às duas horas da tarde e cheguei em casa na madrugada – quatro horas da manhã. Catorze horas! Quase doze horas sobre duas rodas! (Os detalhes ficam para a próxima crônica... Isso foi em janeiro de dois mil e seis – e tem mais: chegando de lá eu e minha esposa descemos para Maringá/PR e no caminho pegamos chuva.)
28 de Maio de 2007